Este trabalho teve como objetivo discutir alguns aspectos relativos aos modelos utilizados na regulação florestal, tanto de florestas eqüiâneas quanto de povoamentos mistos, bem como propor modelos alternativos para ambas as situações. Para tal, este trabalho foi realizado em dois capítulos, sendo o primeiro referente aos modelos de regulação de florestas eqüiâneas e o
segundo, à regulação de povoamentos mistos. No primeiro capítulo foi feita uma análise dos métodos de controle por área e por volume e proposto um modelo de controle por área estratificada. No caso do controle por área, obteve-se rapidamente a regulação, porém com a flutuação da produção. No controle por volume, conseguiu-se uma produção constante, porém com a
flutuação da área colhida em cada período. O modelo proposto de controle por área estratificada mostrou-se eficiente, pois foi possível estabilizar as variáveis área colhida e produção. No segundo capítulo, analisou-se o modelo proposto tradicional, apresentado por BRUM NETO (2001), de implantação e regulação de povoamentos mistos, bem como sugeriu-se um modelo alternativo de implantação das culturas, objetivando antecipar a ocupação da terra e a regulação florestal. O método de estabelecimento desses povoamentos mistos tem como base a implantação de culturas em seqüência, o que configura uma rotação de culturas, de modo que, ao colher a última cultura da seqüência, implanta-se novamente a primeira, dando início a um novo ciclo. Esses povoamentos aproximam-se um pouco mais das características de uma floresta natural, sem perder características típicas de florestas homogêneas, como a possibilidade de aplicação de tratos culturais e a alta produtividade. A
proposta apresentada neste trabalho de implantação simultânea de toda a seqüência de culturas em vários talhões mostrou-se eficiente, pois possibilitou a ocupação mais rápida da área e antecipou a regulação florestal dos povoamentos em questão. A análise econômica foi feita com base no Valor Esperado do Solo (VES) proporcionado por cada um dos modelos. Na situação
hipotética aqui mostrada, de três culturas, com dois, três e cinco anos, respectivamente, o modelo alternativo apresentou a vantagem de ocupar a terra em um período de tempo mais curto e alcançar a regulação na metade do tempo gasto pelo modelo tradicional, além de vantagens em relação ao VES do modelo tradicional.
The objective of this work was to discuss some aspects relative to the models used in forest regulation, in both pure and mixed forests, as well as to propose alternative models for the two conditions. In order to do so, the work was carried out in two chapters, with the first concerning the pure forest regulation models and the second the mixed forest establishment regulation. In
the first chapter, an analysis of control methods by area and volume was completed and a control model by stratified area was proposed. In the case of control by area, the regulation was quickly obtained, however, with production fluctuation. In the control by volume, a constant production was obtained, however, with fluctuation of the harvested area in each period. The control model by stratified area proposed was proved efficient, because it was possible to stabilize the variables harvested area and production. In the second chapter, the traditional proposed model, presented by BRUM NETO (2001), of implantation and regulation of mixed forests was analyzed, as well as it was suggested an alternative model of tree crop implantation aiming to advance land occupation and forest regulation. The method of establishing those mixed forests is based on sequential crop implantation, which characterizes crop rotation, so that after the last crop of the sequence is harvested, the first is again implanted starting off a new cycle. Those communities come a little closer the characteristics of a natural forest without losing typical features of homogeneous forests, as the possibility of applying cultivation and high productivity techniques. The proposal presented in this work to implant simultaneously the whole sequence of crops in several stands was proved efficient because it made it possible a faster land occupation and advanced forest regulation of those communities. The economical analysis was carried out based on the Expected Soil Value (VES) given by each model. In the hypothetical situation presented here, three crops with two, three and five years old respectively, the alternative model had the advantage of occupying the land in less time and attaining the regulation in half of the time spent by the traditional model, in addition to the advantages compared to VES of the traditional model.