Resumo:
Glycaspis brimblecombei (Hemiptera: Psyllidae), conhecido como psilídeo de concha, é um inseto nativo da Austrália que vem causando danos aos hortos florestais brasileiros, principalmente com a espécie de Eucaliptus camaldulensis. O controle biológico pelo parasitóide Psyllaephagus bliteus (Hymenoptera: Encyrtidae) tem sido apresentado como uma alternativa de controle disponível no momento; mais eficiente e menos impactante ao ambiente. O sucesso dessa estratégia de controle depende do aumento de conhecimento sobre o comportamento do psilídeo-de-concha, tanto em condições brasileiras de campo como em salas de criação laboratoriais, onde a manutenção das criações da praga e do parasitóide são realizadas visando liberações futuras. Estudos da dinâmica populacional da praga, avaliada a partir de insetos coletados nos hortos florestais no estado de São Paulo, em condições de laboratório, indicaram a necessidade de determinação de informações biológicas mais precisas sobre as longevidades de adultos (machos e fêmeas), uma vez que a manutenção das gaiolas de criação mostrava-se mais favorável quando realizadas introduções de 35 fêmeas e 33 machos. Este trabalho apresenta as curvas de sobrevivência e as tabelas de esperança de vida de fêmeas e de machos do psilídeo-de-concha nestas condições. Nas tabelas de esperança de vida podem ser observadas tanto as estimativas de sobrevivências quanto as esperanças de vida (longevidades) de machos e fêmeas. Verificaram-se longevidades superiores para os machos em todas as gaiolas monitoradas.