Resumo:
Embora a ocorrência de micorrizas no reino vegetal seja um fenômeno bastante comum, o grau de dependência das diferentes espécies de plantas, através da associação de fungos micorrízicos as suas raízes, é bastante variável. As espécies do gênero Pinus são altamente dependentes desta associação, o que parece não acontecer com a maioria das espécies de Eucalyptus cultivadas no Brasil. A necessidade de adequado desenvolvimento micorrízico em mudas de Pinus torna-se, por seu turno, cada vez maior à medida em que as condições do meio em que forem plantadas se apresentarem mais adversas, especialmente quanto a fertilidade do solo. Por outro lado, as espécies de Pinus têm revelado uma especial capacidade de adaptação às áreas marginais, mesmo para reflorestamento, devido, provavelmente, em grande parte, à elevada capacidade que estas apresentam na associação aos fungos micorrízicos. Tais fatos, aliados ao avanço da cultura de Pinus no Brasil para áreas onde não ocorrem naturalmente os fungos formadores de suas micorrizas e que apresentam limitações de fertilidade do solo e/ou outras condições adversas, requerem cuidados especiais para a obtenção de mudas com adequado nível de desenvolvimento micorrízico. No presente trabalho procurar-se-á discutir as principais técnicas de inoculação destes fungos em condições de viveiro e sua aplicação nas diferentes espécies de Pinus para as condições brasileiras.