Resumo:
A falta de padronização dos critérios usados para e seleção de árvores superiores, nas condições brasileiras, tem limitado bastante a comparação de materiais selecionados por diferentes instituições e mesmo por diferentes pessoas dentro de uma mesma instituição. Essa falta de padronização pode ser atribuída tanto a variações de prioridades na escolha e ordenamento das características para seleção, quanto ao alto grau de subjetividade inerente ao próprio trabalho de seleção. Visando contornar em parte essas distorções, o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) desenvolveu sua própria metodologia, através de adaptações de esquemas utilizados em outros programas internacionais, assim como baseado em experiências por ele próprio acumuladas. Dentro dessa filosofia, foi desenvolvida uma ficha de seleção de árvores superiores, incluindo-se as principais características consideradas na maioria dos programas de melhoramento e sistematizado o critério de atribuições de notas às características avaliadas. Esse esquema visaria, ao mesmo tempo, satisfazer os seguintes requisitos: a. Possibilitar uma maior rapidez no trabalho de avaliação das árvores no campo, sem contudo diminuir o grau de fidelidade requerido nessa operação. b. Diminuir tanto quanto possível o grau de subjetividade, não só durante a avaliação de campo, mas também quando da atribuição de pontos às características avaliadas. c. Permitir o uso de computador, tanto na atribuição de pontos a cada característica, como na comparação e classificação final das árvores selecionadas. O presente trabalho tem por objetivos, apresentar a ficha de seleção desenvolvida, a orientação do uso da mesma no campo e discutir a sistemática usada na atribuição de notas a cada característica, visando minimizar subjetividades e possibilitar o emprego de computador para a classificação das árvores selecionadas.