Resumo:
Em decorrência da ocupação humana esparsa e da pouca expressão econômica da região da foz do Rio Xingu, as grandes transformações antrópicas ocorridas no âmbito da paisagem local só foram sentidas a partir da década de 1970, reflexo da implantação de grandes projetos de infraestrutura na Amazônia. Neste trabalho, são avaliados aspectos ligados ao levantamento em semidetalhe do uso e cobertura da terra em área da Reserva Extrativista Verde para Sempre, Município de Porto de Moz, Estado do Pará, a partir da análise espacial de diferentes produtos orbitais. A paisagem da área de estudo é dominada por formações vegetais nativas, sendo mais da metade ocupada por Floresta Ombrófila Densa. As atividades produtivas na área podem ser consideradas, em seu conjunto, relativamente modestas e espacialmente dispersas, promovendo a fragmentação da paisagem em dois padrões distintos de ocupação. O padrão relativo aos produtores ribeirinhos, apesar de afetar parcialmente a integridade das Áreas de Preservação Permanente (APPs), apresenta ainda poucos impactos ambientais. Por outro lado, os impactos ambientais na paisagem realizados por médios pecuaristas podem ser sentidos com mais intensidade, principalmente, na porção sudeste da área de estudo.