Resumo:
O conhecimento sobre as exigências nutricionais da seringueira nas fases viveiro, desenvolvimento e produção, ainda é incipiente. A carência de resultados de pesquisa indicando o efeito dos nutrientes sobre o crescimento da seringueira em fase de desenvolvimento e a produção, tem contribuído para a não utilização de uma correta adubação na maioria dos seringais de cultivo na Amazônia. Num ensaio instalado em 1986, em um Latossolo Amarelo de textura argilosa, com baixa fertilidade natural e elevada saturação de alumínio, foram estudados quatro níveis de adubação potássica durante sete anos após o plantio das seringueiras. O referido experimento encontra-se localizado no município de Mazagão-AP, nas coordenadas de 00°06'54''S de latitude e 51°17'22''W.G. de longitude, que apresenta temperatura média de anual de 27°C e uma pluviosidade média anual de 2700 mm, cuja distribuição de chuva concentra-se num período de seis meses, englobando os meses de Janeiro a Junho. Conforme definição de EMBRAPA (1979), a região onde fica localizado o município de Mazagão-AP, é considerada área de “escape” ao ataque epidêmico do Microcyclus ulei, ou seja, a região apresenta déficit hídrico anual entre 250 e 350 mm, distribuídos num período de seis meses e que a queda natural das folhas das seringueiras ocorre nos meses intermediários desse período. As regiões tidas como “escape” são hoje as únicas áreas recomendadas para o cultivo racional de seringueira na Amazônia. Considerando que os climas tipo Ami e Awi, que apresentam período seco definido são predominantes no Estado do Amapá e que os seringais atualmente existentes apresentam níveis satisfatórios de produtividade, acreditamos que existe potencial para expansão dos seringais de cultivo no estado. Para tanto, é imperativo que sejam continuados estudos visando a melhoria das práticas agronômicas dessa cultura amazônica.