Resumo:
Em função da grande diversidade das florestas tropicais, dos riscos de perdas de populações naturais e dos conhecimentos limitados sobre recursos genéticos de espécies autóctones, reconhece-se que estes ecossistemas são prioritários quanto à conservação e uso de sua biodiversidade. A necessidade imediata de incrementar coletas de espécies sob risco de erosão genética e de conhecer as potencialidades de espécies promissoras requer alternativas de conservação que reduza custos e perdas de acessos por pressões bióticas e abióticas. O CPAA, está testando um método de conservação fundamentado em aspectos genético-ecológicos. Numa área de 0,25ha, procurou-se representar as estratégias utilizadas pelas espécies autoctónes para manterem-se em equilíbrio no ecossistema tropical: diversidade, densidade e variabilidade genética. A pesquisa, iniciada em janeiro de 1994, estuda a conservação de recursos genéticos de sete espécies frutíferas (Theobroma grandiflorum, Theobroma cacao, Bactris gasipaes, Euterpe spp, Myrciaria dubia, Rollinia mucosa e Couma utilis) e cinco florestais (Hevea spp, Ceiba pentandra, Jacaranda copaia, Buchenavia huber, Trattinickia burserifolia), utilizando-se três espaçamentos. As características biométricas das plantas são anualmente medidas e, após cinco anos, a viabilidade técnica será avaliada quanto à sobrevivência e capacidade das espécies em deixar descendentes. Preliminarmente, as espécies que apresentaram valores superiores na avaliação de estabelescimento foram C. pentandra entre as florestais, com médias de 4,76m de altura e 11,46cm de diâmetro a 50cm do solo e, R. mucosa entre as fruteiras, com 3,71m e 6,28cm, respectivamente.