Resumo:
A carência de resultados de pesquisas demonstrando os efeitos da aplicação de macro e micronutrientes sobre seringueiras adultas, fase de desenvolvimento e fase de produção, tem contribuído para a não aplicação regular de fertilizantes, na maioria dos seringais cultivados da Amazônia. Segundo SILVEIRA (1983), deve ser evitada a generalização de que “a seringueira cresce bem em solos de baixa fertilidade”. Isso porque, nos três primeiros anos, a planta passa por um período de intenso crescimento vegetativo e apresenta grande demanda de nutrientes. A região de Mazagão é considerada área de “escape” ao ataque epidêmico do fungo Microcyclus ulei, em função da mesma apresentar um longo período com déficit hídrico e, pelo fato de que a desfolha natural da seringueira ocorre exatamente nesse período, em que a umidade do ar é baixa e não permite a proliferação do fungo causador do mal-das-folhas. Logo, com essas condições climáticas, a região de Mazagão pode ser considerada de grande potencial para expansão da heveicultura no Estado do Amapá. Num ensaio instalado em 1986, em um solo do tipo latossolo amarelo, textura argilosa, com baixa fertilidade natural e elevada saturação de alumínio, foram estudados quatro níveis de fósforo, nos sete primeiros anos de desenvolvimento de um seringal de cultivo. Neste trabalho são apresentados os resultados desse experimento que fica localizado no município de Mazagão-AP, nas coordenadas de 00°06'54''S de latitude e 51°17'22''W.G. de longitude. Essa região apresenta temperatura média anual de 27°C e pluviosidade média anual de 2700 mm, cuja distribuição de chuva concentra-se num período de seis meses, englobando os meses de Janeiro a Junho.