Resumo:
Este estudo avaliou o desempenho da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa) em sistemas agroflorestais implantados em ecossistema de terra firme na Amazônia Central. Foram avaliados 3 sítios de sistemas agroflorestais multiestratificados, implantados em 1992, em áreas de pastagens degradadas situadas no Km 54 da BR-174, no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Ocidental, em Manaus, AM. Os sistemas foram implantados após o processo tradicional de derruba e queima da vegetação secundária estabelecida em pastagens submetidas por 6 anos ao pastejo intensivo e abandonadas por 4 anos, em média, ao processo de regeneração natural. O desempenho da espécie com 12 anos de idade foi avaliado por meio do diâmetro à altura do peito (DAP), da altura total, da taxa de sobrevivência e das variáveis morfométricas: diâmetro da copa, proporção de copa, grau de esbeltez, índice de saliência, índice de abrangência e forma de copa. Os indivíduos atingiram altura total média de 20,9 m e DAP de 37,9 cm, com incremento médio anual de 1,74 m e 3,16 cm, respectivamente. Os valores referentes às variáveis morfométricas mostraram que o crescimento da espécie, em espaçamento de 12 m x 12 m, não foi afetado. A porcentagem média de sobrevivência foi de 78%, com mortalidade relacionada a ventanias e raios. Os resultados indicaram a eficiência dessa espécie na reabilitação de áreas degradadas e confirmaram-na como uma espécie adequada para formar sistemas agroflorestais.