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Os sistemas silvipastoris (SSPs) são sistemas agroflorestais que associam, na mesma área de cultivo, espécies arbóreas, pastagens e animais. Utilizou-se um questionário para levantamento desses sistemas na região nordeste paraense. Uma análise desses SSPs indica as seguintes características: a) a área média ocupada com os sistemas silvipastoris nas fazendas apresentadas está em torno de 45 ha, ocupando cerca de 20 % da área total, em tipos climáticos Af, Am e Aw; b) em geral, os sistemas silvipastoris têm o componente arbóreo plantado, sendo constituído pelas espécies: Paricá (Schizolobium amazonicum Huber ex Ducke), Teca (Tectona grandis L. f.), Mogno (Swietenia macrophylla King), Mogno-africano (Khaya ivorensis A. Chev.) e Samaúma (Ceiba pentandra (L.) Gaertn.); c) a densidade estimada das árvores é considerada alta, em torno de 480 árvores/ha; d) em termos médios, o componente arbóreo apresenta idade de 7 anos, altura de 9 metros, estando, portanto, em estágios iniciais de desenvolvimento; e) o componente pastagem está, principalmente, representado pelas espécies: Quicuio-da-amazônia (Brachiaria humidicola Schweick.) e Braquiarão (Brachiaria brizantha Stapf), com pastejo de bovinos ou ovinos. As principais limitações tecnológicas dos SSPs observadas em áreas de produtores e em experimentos realizados são: a) baixa persistência da pastagem no sub-bosque, decorrente da não adaptação às condições de baixa luminosidade, superpastejo e concorrência com invasoras; b) danos às árvores, provocados pelos animais em virtude do pastejo precoce do sistema ou uso de tipo de animal inadequado; c) diminuição da taxa de crescimento das árvores, em decorrência de interferências por competição do estrato herbáceo ou interferências alelopáticas promovidas pelo componente pastagem ou plantas invasoras. |
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