Resumo:
Devido ao alto conteúdo nutricional e às propriedades de condicionamento do solo, os resíduos orgânicos podem servir como fertilizantes em solos florestais com deficiência nutricional ou pobres em matéria orgânica. Nos últimos 30 anos, vários estudos realizados com diferentes resíduos orgânicos e em diferentes partes dos EUA têm confirmado o potencial desses materiais em aumentar a produtividade das áreas florestais. Estes estudos mostram claramente que os resíduos orgânicos, aplicados em taxas aceitáveis pelo meio ambiente, resultam em excelentes respostas de crescimento tanto em plantações jovens como em plantações adultas. Um programa florestal que utilize resíduos orgânicos deve ser executado usando técnicas de manejo que sejam ambientalmente responsáveis. Uma análise de risco realizada nos EUA pela Agência de Proteção Ambiental (EPA), em áreas não agrícolas (incluindo florestas), sugere que os contaminantes presentes nos biossólidos oferecem riscos insignificantes para os seres humanos e o meio ambiente quando utilizados apropriadamente, uma vez que a qualidade dos resíduos tem melhorado muito nos últimos 30 anos. No entanto, as taxas de aplicação não devem exceder à capacidade do sistema de utilizar e reter os nutrientes aplicados, sob pena de ocorrerem perdas através de lixiviação. O nitrogênio é o nutriente cuja perda é mais provável através de lixiviação, e esta perda se dá na forma de NO3 -. Por esta razão, solos com excesso de N ou que recebem altos níveis de N através de deposição atmosférica devem ser evitados. Quando aplicados apropriadamente, os resíduos orgânicos podem fornecer uma alternativa excelente para fertilizantes químicos como meio de aumento da produção florestal. A resposta do crescimento pode ser maior e mais duradoura quando comparada com a fertilização química. Devem ser feitas considerações cuidadosas com relação às condições do terreno para que haja certeza de que os riscos ambientais sejam mínimos e que as perdas através de lixiviação e escoamento superficial não ocorram.