Resumo:
Ao longo de 1999 e parte do ano 2000 os preços da celulose foram crescentes, num cenário de demanda aquecida e oferta estreita. Essa conjuntura favorável foi propiciada pelo ótimo desempenho da economia norte americana conjugado ao crescimento moderado dos países da Europa, pela retomada modesta dos países asiáticos e sul americanos, aliados à limitada adição de novas capacidades, à paradas de produção e ao fechamento de fábricas. A partir do segundo semestre de 2000, um quadro de incertezas motivado, entre outros fatores, pela queda da atividade econômica americana e pelo pequeno crescimento da economia européia e do leste asiático, levou à inversão do movimento dos preços, deixando pouco definido o horizonte de curto prazo. A perspectiva de que grandes projetos de celulose de mercado sejam ativados durante os próximos anos desafia analistas, produtores e fornecedores e, como a maior parte desses investimentos se localizará no Hemisfério Sul, o Brasil é alvo natural das atenções vez que, em nosso país, essa nova oferta deverá adicionar mais de 1 milhão de toneladas anuais à atual capacidade instalada. As vantagens para a produção, no Brasil, de celulose em larga escala são reconhecidas com unanimidade. Os principais produtores brasileiros têm o menor custo de produção em todo o mundo, o que lhes tem permitido atravessar, sem maiores contratempos, largos períodos com preços muito deprimidos.