Resumo:
Embora Minas Gerais seja o maior produtor nacional de eucalipto uma grande parte do carvão consumido no pólo siderúrgico mineiro é oriundo de floresta nativa. Atualmente, observa-se uma maior procura por parte dos proprietários rurais para proceder desmate em seus remanescentes nativos justamente quando o mercado guzeiro apresenta-se aquecido. Nesta perspectiva faz-se necessário um esforço maior por parte do Estado para o estabelecimento de uma política desenvolvimentista na qual incluam-se programas de incentivo a silvicultura de produtos florestais voltados para atender a demanda do setor florestal em Minas Gerais e, particularmente, no segmento de oferta de energia como estratégia para garantir a sustentabilidade do rico setor siderúrgico. Ao dotar os pequenos e médios produtores de uma alternativa de renda, promove-se o desenvolvimento econômico com uso mais racional da propriedade de forma que o estoque florestal de plantadas em Minas Gerais seja suficiente para o abastecimento dos fornos energéticos, esperando-se assim uma diminuição da pressão de desmate sobre os ecossistemas nativos ao mesmo tempo em que se favorece um uso mais adequado das áreas já incorporadas ao processo antrópico de utilização para o uso alternativo do solo. Estabeleceu - se em Minas Gerais no ano de 2003 um convênio entre o Instituto Estadual de Florestas – IEF e a Associação das Siderúrgicas para o Fomento Florestal – Asiflor para direcionar recursos oriundos da reposição florestal para o fomento florestal de pequenos e médios produtores rurais. Logo, a parceria via convênio do programa de fomento florestal IEF/Asiflor vem ao encontro destas necessidades e o estabelecimento de um estudo envolvendo o diagnóstico e impacto em setores sociais e a análise econômica do principal programa de fomento florestal de Minas Gerais por parte da iniciativa pública do estado, representado pelo IEF, deverá compor uma ferramenta ímpar para fornecer um subsídio técnico de avaliação desta importante iniciativa de fomento florestal e na adoção de estratégias e de políticas públicas futuras para o desenvolvimento do setor florestal.