A secagem de toras de Eucalyptus é uma importante etapa do processo de carbonização. Seu controle é relevante no rendimento e na qualidade do carvão produzido. Seguindo-se o corte das árvores, as toras são empilhadas nas margens das estradas ou nos pátios da planta de carbonização e são carbonizadas após 90 dias de secagem ao ar livre. O objetivo deste trabalho foi avaliar a secagem de toras de clones de Eucalyptus utilizados na produção de carvão, ao ar livre e em câmara de desumidificação. Para isso, pilhas de secagem foram instaladas em Lavras, MG e em Paraopeba, MG. A secagem em câmara de desumidificação ocorreu na Unidade Experimental de Desdobro e Secagem da Madeira do DCF/UFLA. Foram utilizadas toras dos clones de Eucalyptus urophylla x E. camaldulensis (VM01) e de Eucalyptus urophylla (MN463), ambos com oito anos de idade. A umidade inicial das toras foi determinada e o acompanhamento da secagem foi realizado por pesagens periódicas. As maiores taxas de secagem foram observadas nas três semanas iniciais. A presença da casca retardou a secagem das toras. O tempo médio de secagem ao ar livre em Lavras para as toras do clone VM01 atingirem 50% de umidade foi de 200 dias. As toras do clone MN463 necessitaram de 90 dias de secagem ao ar livre em Lavras para atingirem uma umidade média de 57%. O tempo médio de secagem ao ar livre em Paraopeba para as toras do clone MN463 alcançarem 52% e para as toras do clone VM01 atingirem 44% foi de 80 dias. Após 120 dias de secagem controlada em câmara de desumidificação a umidade média das toras do clone VM01 foi de 30% e do clone MN463 foi 27%. O clone MN463 secou mais rápido que o clone VM01. Toras de maiores diâmetros demoraram mais para secar que as toras de menores diâmetros. A distribuição da umidade através do diâmetro foi heterogênea, com maiores valores observados na região interna. Para a distribuição de umidade ao longo de uma tora, os maiores valores de foram observados na região central da tora.
Eucalyptus logs drying is an important phase in the carbonization process. Its control is relevant to the yield and quality of the charcoal. Following the cut of trees, the logs are piled on the roadside or courtyards in the carbonization plant and are carbonized after about 90 days of air drying. The objective of this study was to evaluate both air and dehumidification drying of Eucalyptus clones logs used for charcoal production. For this, drying piles were installed in Lavras, MG and Paraopeba, MG. The drying in dehumidification chamber occurred at the Experimental Unit of Sawmill and Wood Drying, DCF/UFLA. Logs of the Eucalyptus urophylla x E. camaldulensis clone (VM01) and Eucalyptus urophylla clone (MN463), with eight years of age were used. The initial moisture content of logs was determined and the drying monitoring was carried out by periodic weighing. The highest drying rates were observed in the initial three weeks. The presence of bark retarded the drying of the logs. The average time of air drying in Lavras for the VM01 clone logs reach 50% moisture was 200 days. The logs of MN463 clone required 90 days of air drying in Lavras to reach 57% average moisture. The average time of air drying in Paraopeba for the MN463 clone logs reach 52% moisture and the VM01 clone logs reach 44% was 80 days. After 120 days of drying controlled in the dehumidification chamber the average moisture of the logs of VM01 clone was 30% and MN463 clone was 27%. The MN463 clone dried faster than the VM01 clone. Logs of larger diameters have dried more slowly than the logs of smaller diameters. The distribution of moisture across the diameter was heterogeneous, with highest values observed in the inner region. For the distribution of moisture along the log, the highest values were observed in the central region of the log.