Resumo:
O armazenamento das sementes inicia-se na maturidade fisiológica e o maior desafio está em conseguir que estas, após certo período, ainda apresentem elevada qualidade fisiológica. Assim, procura-se manter a qualidade das sementes durante o período em que ficam armazenadas (VILELA; PERES, 2004). A qualidade das sementes, em especial a fisiológica, pode ser afetada pela ação de diversos fatores. Entre esses, as pragas de armazenamento podem ser responsáveis pela deterioração física do lote de sementes armazenadas. As pragas dos produtos armazenados apresentam alta capacidade de infestação e de proliferação. Isto ocorre em virtude de possuírem um elevado potencial biótico, ou seja, um grande número de indivíduos obtidos em cada reprodução e um grande número de gerações capazes de entressafra, o que permite que poucos indivíduos, em pouco tempo, formem uma população considerável. Possuem também grande capacidade de infestar o produto tanto nos depósitos como no campo (infestação cruzada) e de a maioria ser capaz de atacar diversos produtos (polifagia), permitindo que estas pragas se multipliquem mesmo na ausência do hospedeiro preferencial (GALLO et al. 2002). O êxito no controle das pragas que atacam as sementes armazenadas requer a correta identificação dos insetos presentes na massa de sementes, para a escolha do inseticida e da dose a ser utilizada. O resultado da ação de insetos em sementes armazenadas se traduz em perdas de peso e poder germinativo, desvalorização comercial do produto, disseminação de fungos e surgimento de bolsas de calor durante o armazenamento (MARÇALLO, 2006).