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Segundo o relatório de desenvolvimento agropecuário, da Organização das Nações Unidas Para a Agricultura e Alimentação-FAO, para a América Latina e Caribe, é necessário dar prioridade para atividades que, por sua simplicidade e baixo custo, possam ser repetidas e adotadas pela grande maioria das famílias rurais. Com essa finalidade, deve-se começar por aquelas que possam ser adotadas a partir do uso adequado das potencialidades existentes no meio, isto é, as que não exijam recursos externos. A Embrapa Florestas, dentre seus trabalhos de pesquisa, desenvolve estudos que contemplam o desenvolvimento de tecnologias para o cultivo da erva-mate e, também, a utilização de resíduos como insumos. Por outro lado, Souza (1997), fazendo referências a resíduos agrícolas como, diversos tipos de fibras (bagaços) e cascas (de arroz), e resíduos decorrentes da exploração florestal (cascas, costaneiras, pontas, lascas, nós, pó-de-serra e maravalhas), no Brasil, afirma que esses não só representam um problema econômico através do desperdício como também um sério problema ambiental. Pois, geramos atualmente nada menos que 3 milhões de toneladas de casca de arroz, 23 milhões de toneladas de resíduos florestais (serrarias) e mais de 60 milhões de toneladas de bagaço de cana-de-açúcar (úmido). E, considerando que o estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, com um diâmetro de 300 m e uma altura de 30 m (estimados), teria um volume de aproximadamente 2,1 milhões de metros cúbicos, conclui-se que geramos, anualmente, 9 Maracanãs de casca de arroz, 36 Maracanãs de resíduos florestais e 80 Maracanãs de bagaço de cana. Este trabalho, baseando-se no exposto, acima, pretende subsidiar o entendimento sobre a utilização de resíduos como cobertura morta (mulching) no cultivo da erva-mate, como atividade vantajosa, de impacto imediato e de resultado palpável. |
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