Resumo:
Objetivou-se no presente trabalho apresentar alternativas de formulação de modelos de regulação florestal, com a inclusão de características ambientais e sociais visando o manejo da paisagem. Os modelos foram construídos para uma fazenda modelo com área de efetivo plantio de 3.491 ha, dividida em 135 unidades de manejo. Os modelos de regulação foram formulados conforme modelo I, incluindo restrições de inteireza para as unidades de manejo. Utilizou-se a meta-heurística algoritmo genético para a solução dos modelos. As alternativas de formulação propostas foram: (i) formulação clássica de um modelo de regulação; (ii) aplicação de restrições de adjacência; (iii) restrição de classes de idades por compartimento; (iv) minimização do índice de área de colheita (IAC); (v) maximização do valor presente líquido global (VPL), com a aplicação de penalidades em função do IAC; (vi) minimização das variações das distâncias entre unidades de manejo com intervenção de colheita e o ponto de entrega da produção; (vii) maximização do valor presente líquido (VPL), com a aplicação de permissão da variação da distância (de 5, 10, 15 e 20 %) entre as unidades de manejo com intervenção de colheita e o ponto de entrega da produção; (viii) minimização da variação da distância entre as unidades de manejo com intervenções de colheita; (ix) maximização do valor presente líquido (VPL), com permissão da variação da distância (de 5, 10, 15 e 20 %) entre as unidades de manejo com intervenção de colheita; e (x) maximização a distância entre as unidades de manejo com intervenção de colheita. As alternativas de regulação foram avaliadas em função do IAC e do VPL. A aplicação da técnica de algoritmo genético foi eficiente para a solução de modelos, construídos com restrições e objetivos de caráter socioeconômico e ambiental. A comparação da variação volumétrica satisfez à demanda de produção imposta em todos os modelos propostos. As inclusões de objetivos de caráter social e ambiental acarretaram redução no valor presente líquido global em todos os modelos testados, quando comparado com alternativas clássicas de regulação. A proposta da minimização do IAC apresentou-se econômica e ambientalmente mais satisfatória que a imposição de restrições de adjacência, bem como uma redução significativa no número de restrições. A aplicação de penalidades do IAC acima de 20 %, sobre a maximização do VPL, resultou em valores de IAC melhores do que o modelo de adjacência e valo- res de VPL superiores, sendo estes preferidos aos modelos com restrições de adjacência. A regularização da distância entre as unidades de manejo em situação de cor- te e o posto de entrega da madeira, tende a pulverizar a colheita, distribuindo-a por toda a floresta. A maximização das distâncias entre as unidades de manejo com intervenção apresentou uma melhoria no valor do IAC e uma redução de até 8% do VPL, quando comparada com o modelo clássico.