Definir o tamanho e a forma das parcelas experimentais para candeia é uma alternativa para garantir interpretações corretas e conclusões bem fundamentadas sobre o cultivo dessa espécie. Assim, os objetivos foram: avaliar diferentes métodos e procedimentos para determinação do tamanho ótimo de parcelas experimentais para Eremanthus erythropappus; estimar o tamanho ótimo e forma adequada de parcelas para avaliação das principais características dendrométricas em um experimento; e testar uma nova metodologia baseada em simulação por reamostragem. Para isso foi utilizado um ensaio de uniformidade, localizado no município de Aiuruoca–MG, contendo 400 plantas, as quais tiveram a circunferência, a altura e o volume determinados. Sendo possíveis 31 combinações de tamanho/forma de parcelas. Para estimativa do tamanho mais adequado das parcelas foram testados cinco métodos de máxima curvatura, o método do modelo linear segmentado com platô, o método da curvatura empírica e o método de Hatheway. A forma adequada foi determinada a partir do critério de informação relativa. Dentre os principais resultados e conclusões obtidas tem-se: o modelo de Lessman e Atkins (1963) é o que melhor estabelece a relação entre o coeficiente de variação e o tamanho das parcelas, sendo desnecessária a linearização e ponderação pelos graus de liberdade; todos os métodos de máxima curvatura e de platô apresentaram-se inconsistentes ou resultavam em parcelas de tamanho reduzido; as melhores estimativas foram obtidas pelos métodos da curvatura empírica e de Hatheway; o método de simulação por reamostragem apresentou bom desempenho e permite um número infinito de iterações e de tamanhos de parcelas, tem potencial para representar a verdadeira tendência média de variabilidade da população, além de reduzir a dependência espacial entre as plantas; o tamanho das parcelas experimentais para candeia de modo a permitir análise das principais características dendrométricas deve ser de 50 plantas úteis, sendo a conformação retangular mais adequada.
An alternative to assure correct interpretations and well-founded conclusions about Eremanthus erythropappus (candeia) cultivation is the correct definition of the size and shape of experimental plots. Therefore, the objectives of this study were: to evaluate different methods and procedures for determining the optimum plot size for candeia; to estimate the optimum size and appropriate shape of plots for evaluating the main dendrometric features in an experiment; and to test a new methodology based on resampling simulation. It was conducted a test of uniformity, in Aiuruoca (Minas Gerais, Brazil), in which 400 plants had the circumference, height and volume measured. 31 combinations of size/shape of plots were possible. To estimate the most appropriate plots size, there were tested five methods of maximum curvature, the segmented linear model with plateau, the empirical curvature and the Hatheway method. The proper form was determined by using the relative information criterion. The main results and conclusions were: Lessman and Atkins (1963) model is the one that best establishes the relationship among the coefficient of variation and plots size, being linearization and weighting by degrees of freedom unnecessary; all the maximum curvature and plateau methods were inconsistent or resulted in reduced size plots; the best estimates were obtained by empirical curvature and Hatheway methods; resampling simulation method presents a good performance, enables infinite iterations and plots sizes, has potential to represent the real average tendency of the population variability and reduces the spatial dependence between plants; finally, in order to analyze candeia main dendrometric features, the experimental plot size must be 50 useful plants, being rectangular conformation the most appropriate.