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A expansão e modernização da agropecuária paranaense apresentou significativos aumentos da área explorada e, consequentemente, na produção e produtividade animal e vegetal, causando uma severa redução da cobertura florestal natural. Essa expressiva diminuição da cobertura florestal, além de expor as terras aos processos de erosão e da poluição das águas, tem contribuído para que diversas regiões do Estado não tenham mais condições de atender a demanda de produtos florestais. Essa situação se acentua também na região norte pioneiro do Estado do Paraná, formada por 25 municípios, onde, além da pequena cobertura florestal para atender o mercado consumidor de madeira, existem extensões significativas de áreas degradadas e/ou em processo adiantado de degradação, e com grande potencial para o uso silvicultural. Nessa região, para os próximos anos, estima-se um déficit na oferta de produtos florestais. A demanda regional de madeira está estimada em 4 milhões e 500 mil m³ anuais. Para suprir essa demanda, são necessários aproximadamente 15.000 ha de plantios anuais, e a região, em 2003, conta com cerca de 203.301 hectares de florestas. Excluindo-se 171.432 ha de área florestal das empresas de papel e celulose na região, restam apenas 31.869 ha disponíveis para os outros setores, projetando um déficit de 90.000 ha para a região. Esse breve diagnóstico e considerando-se o tempo para a produção florestal de 6 a 21 anos, dependendo do destino da madeira (lenha, serraria, etc.), excluindo-se os plantios florestais próprios das grandes empresas, mesmo com novos plantios, a continuidade de algumas atividades e indústrias regionais ainda passarão a depender de produtos madeireiros de outras regiões. Para suprir essa necessidade de madeira no curto prazo, o plantio de eucaliptos aparece como alternativa natural (HIGA, 1995). Com mais de 600 espécies adaptadas às diversas regiões e condições edafo-climáticas, geralmente, os eucaliptos apresentam rápido crescimento e alta produtividade de madeira. Ademais, a maior parte da madeira consumida no País é na forma de lenha ou carvão vegetal. Além da madeira e carvão, o eucalipto pode ser usado para a produção de mel, óleos essenciais, dormentes, celulose e papel, madeira serrada, mourões de cercas, postes, madeira roliça para construções rurais, plantios para o controle de erosão, quebra-ventos etc. O referido autor acrescenta que não existem, ainda, espécies florestais de outros gêneros nativos ou introduzidos que atendam melhor aos objetivos acima citados do que os eucaliptos. Considerando o panorama apresentado e a necessidade de oferecer alternativas economicamente viáveis aos produtores rurais, este trabalho tem como objetivo principal, avaliar os aspectos ambientais, econômicos e sociais do programa de plantios de eucalipto no Norte Pioneiro do Estado do Paraná. |
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