A madeira de Pinus é atualmente a matéria-prima mais utilizada na obtenção de fibras longas para papel, juntamente com o processo Kraft pela sua versatilidade e por produzir fibras com boa resistência. As atuais perspectivas florestais apontam para uma escassez da madeira de Pinus para os diversos fins, seja para madeira processada, seja para celulose e papel. O processo Kraft tem como desvantagem o baixo rendimento em celulose, devido à solubilização não somente da lignina como também parte dos carboidratos da madeira. Com isso, varias alternativas tem sido testadas para melhorar a performance deste processo, tanto para melhorar o rendimento, quanto a qualidade das fibras obtidas. Porém as limitações da matéria-prima e do processo impedem que avanços sejam alcançados. Em 1977 Holton ao adicionar antraquinona à polpação constatou sua capacidade em promover o incremento do rendimento e melhoria nas características da polpa obtida, tecnologia essa que já é utilizada em todo o mundo. No início da década de 90 outros aditivos começaram a serem testados dentre eles os surfactantes que teriam como finalidade aumentar a eficiência do processo. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência da antraquinona, de um surfactante e da mistura destes, como auxiliares do processo Kraft com madeira de Pinus, bem como as possíveis melhorias na celulose e no processo. Utilizaram-se cavacos de Pinus provenientes de empresas de papel e celulose, onde estes mostraram uma massa específica básica em torno de 415 kg/m3, sem variações consideráveis nos constituintes químicos. Nas análises da celulose obtida, o uso de antraquinona, do surfactante e da mistura deles, demonstraram promover várias melhorias como aumento no rendimento (3,99%), redução no teor de rejeitos (84,93%), redução no número Kappa (36,08%), aumento da viscosidade da polpa (26,83%), redução dos sólidos no licor (8,32%) e aumento do residual de álcali (14,37%), demonstrando a potencialidade de uso destes aditivos no aumento da qualidade da polpa no processo Kraft.
The wood of Pinus is currently used raw material more in the long staple fiber attainment for paper, together with the Kraft process for its versatility and producing staple fibers with good resistance. The current forest perspectives point with respect to a scarcity of the wood of Pinus for the diverse ends, either for processed wood, either for cellulose and paper. The Kraft process has as disadvantage the low yield in cellulose, due to solubilization not only of the lignin as also part of the carbohydrates of the wood. With this, many alternatives has been tested to improve the performance of this process, as to improve the yield and the quality of staple fibers. However the limitations of the raw material and the process impais advances are reached. In 1977 Holton when adding anthraquinone to the pulping evidenced its capacity in promoting the increment of the yield and improvement in the characteristics of strength, this technology that has been used in the whole world. In the beginning of the decade of 90’s other additives had started to be tested amongst them the surfactants that would have as purpose to increase the efficiency of the process. This work had as objective to evaluate the influence of anthraquinone, surfactant and mixture gave them in the Kraft processing of Pinus wood for improvements in cellulose and process. Industrial wood chips are used, where these has been basic specific gravity of 415,075kg/m3, without considerable variations in the chemical constituent. In the analyses of the cellulose obtained, the use of anthraquinone, the surfactant and the mixture of them, had demonstrated to promote varies improvements as: increase yield (3,99%), reduction rejects (84,93%), reduction Kappa number (36,08%), increase viscosity of the pulp (26,83%), reduction solids liquor (8,32%) and increase residual alkali (14,37%). Demonstrating the potentiality of these additives to improve pulp quality and Kraft process.