Resumo:
Em 2010, o Brasil figurava como a oitava economia mundial, com um crescimento médio anual de 4% nos últimos oito anos. Esse crescimento é possibilitado, entre outras razões, pela abundante disponibilidade de recursos naturais do país, como terras férteis, água, recursos florestais e reservas minerais variadas. No entanto, sua disponibilidade é limitada no tempo e no espaço, de forma que realizar uma boa gestão dessa base de recursos naturais é fundamental para garantir a capacidade de produção de riquezas no longo prazo. A criação de unidades de conservação – áreas especialmente criadas pelo poder público com o intuito de, entre outras finalidades, proteger recursos naturais relevantes – é uma das formas mais efetivas à disposição da sociedade para atender essa necessidade. As unidades de conservação cumprem uma série de funções cujos benefícios são usufruídos por grande parte da população brasileira – inclusive por setores econômicos em contínuo crescimento, sem que se deem conta disso. As unidades de conservação, por sua vez, não constituem espaços protegidos “intocáveis”, apartados de qualquer atividade humana. Como os resultados contidos nesta publicação demonstram, elas fornecem direta e/ou indiretamente bens e serviços que satisfazem várias necessidades da sociedade brasileira, inclusive produtivas. O papel das unidades de conservação, portanto, não é facilmente “internalizado” na economia nacional. Essa questão decorre, ao menos em parte, da falta de informações sistematizadas que esclareçam a sociedade sobre seu papel no provimento de bens e serviços que contribuem para o desenvolvimento econômico e social do país. Essa publicação apresenta os resultados de análises sobre o impacto e o potencial econômico de cinco dos múltiplos bens e serviços provisionados pelas unidades de conservação para a economia e sociedade brasileiras, sendo estes: produtos florestais, uso público, carbono, água e repartição de receitas tributárias.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em dez capítulos: 1 - Introdução; 2 - Unidades de conservação e sua importância para a conservação da biodiversidade; 3 - Desafios à valoração de bens e serviços associados às unidades de conservação e sua contribuição à economia nacional; 4 - Potencial econômico da exploração de produtos florestais nas unidades de conservação; 5 - Impacto econômico das atividades de uso público nas unidades de conservação; 6 - Potencial econômico das reservas de carbono em unidades de conservação; 7 - Impacto econômico das unidades de conservação na produção e conservação de recursos hídricos; 8 - Unidades de conservação e repartição de receitas tributárias; 9 - Mensagem final; 10 - Anexos.