Devido à necessidade do conhecimento do crescimento da canafístula, Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., em plantio homogêneo, na idade adulta (24 anos), foi analisado um experimento bifatorial de espaçamento inicial de plantio (2 m x 2 m, 2 m x 3 m, 2 m x 4 m) e tipos de mudas (raiz nua, embalada) no arranjo de blocos ao acaso. Quantificaram-se variáveis qualitativas como retitude de fuste, simetria de copa e longitude de fuste conjuntamente com variáveis morfométricas, como o diâmetro à altura do peito (d), a altura total (h), o número de árvores por hectare (N), a altura dominante de Assmann (h100), a área basal por hectare (G) e a relação hipsométrica para a espécie (h/d). Os dados qualitativos foram analisados pelo teste de Qui-quadrado, através das tabelas de contingência, testando-se a dependência e a homogeneidade entre as variáveis qualitativas e o diâmetro das árvores. As variáveis morfométricas foram analisadas pela análise de variância e covariância sob os fatores muda, espaçamento, blocos, número de árvores por hectare e classe de altura dominante. Os resultados demonstraram que: o uso do modelo matemático, para um experimento bifatorial, no delineamento em blocos ao acaso, com fatores muda e espaçamento, após um período de 24 anos, apresenta limitações na análise devido às diferenças na sobrevivência. O uso do número de árvores por hectare e classes de altura dominante, como fatores explicativos para as variáveis morfométricas, apresentam boas estimativas para a população. O diâmetro médio, assim como a área basal por hectare, são significativamente influenciados pelas variações de densidade e classe de altura dominante, apresentando médias distintas somente entre as densidades extremas de 1250 e 2500 árvores por hectare. Já em relação a Ch100, o diâmetro médio e G diferenciam-se significativamente para todas as classes, tendo maiores diâmetros na classe de 1250 árvores por hectare e maior G nas classes de 2500 árvores por hectare. A altura média e a altura de fuste tiveram comportamento similar em relação aos fatores analisados. Elas foram bastante afetadas apenas pelas classes de h100, sendo que, quanto maior a classe de h100, maior é a altura média e a altura de fuste. A relação hipsométrica para canafístula é significativamente influenciada pelas classes de número de árvores por hectare e classes de altura dominante, apresentando somente diferenças de inclinação para as classes dealtura dominante, onde curvas mais íngremes são encontradas nas classes superiores de altura dominante. As classes de número de árvores por hectare determinam apenas variações de níveis para a relação hipsométrica, sendo que, quanto maiores as densidades, menores são os níveis das curvas da relação hipsométrica, diferindo estatisticamente apenas na menor classe de altura dominante. Variáveis qualitativas de canafístula, como a retitude de fuste e o comprimento de fuste apresentam dependência pelo teste Qui-quadrado, mas com fraca associação. As copas simétricas apresentam maiores proporções para fustes compridos e retos, já quanto maiores são os diâmetros, maiores são as proporções de copas simétricas, fustes retos e longos.
With the necessity of knowledge of the growth of canafistula, Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., in homogeneous stands, in the adult age (24 years), it was analyzed a bifactorial experiment with initial spacing of the plants (2 m x 2 m, 2 m x 3 m, 2 m x 4 m) and seedling types (nude root and packaged root) using blocks at random. It was quantified qualitative variables as stem rectitude, crow symmetry and the stem length with morphometric variables as the diameter at the breast height (d), total height (h), number of trees per hectare (N), Assmann dominate height (h100), basal area per hectare (G) and the hypsometric relation for the species (h/d). The qualitative data was analyzed using the Chi-Square test by contingency tables, testing the dependency and the homogeneity among the qualitative variables and tree diameters. The morphometric variables were analyzed by variance and covariance analyzes using the factors: seedling, spacing, blocks, number of trees per hectare and dominate high class. The results shown that: the use of mathematical model in a bifactorial experiment using the random blocks delineation, with spacing and seedling factors, after 24 years show limitations in the analyze because of the surviving differences. The use of the number of tress per hectare and dominate high class as explicative factors to the morphometric variables show good estimatives for the stand. The medium diameter, as the basal area per hectare, were significantly influenced by the density variations and dominate high class, showing different medians only for extreme densities of 1250 and 2500 trees per hectare. For the h100, the medium diameter and G were significantly different in all the classes, showing bigger diameters in the class of 1250 trees per hectare and bigger G in the class of 2500 trees for hectare. The median height and the stem height showed similar behavior to the analyzed factors, being significantly affected only for the h100 classes. As bigger the h100 class as bigger is the median height and the steam height. The hypsometric relation for canafistula was significantly influenced by classes of number of trees per hectare and dominate high classes, showing differences of inclination only for dominate high classes, in which the curves more accentuated are found in the superior classes of dominant height. The classes of number of trees per hectare determine only variation of levels to hypsometric relation, such that howmuch bigger the densities lesser were the levels to the hypsometric relation, granting by the statistic just in the minor classes of dominant height. Qualitative variables of canafistula, as stem rectitude and stem length showing that there were dependence by Chi-Square test, but with weak association, being that crow symmetry showing bigger ratios for long and straight steams. And how much bigger the diametric, bigger are the ratios of pantries symmetrical, straight and long steams.