Nos setores industriais e comerciais da Região do Araripe, em Pernambuco, a utilização de combustíveis lenhosos está dirigida principalmente aos processos de calcinação da gipsita e produção de gesso em suas diferentes tecnologias. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo buscar alternativas para suprir a demanda por lenha no Polo Gesseiro do Araripe pernambucano, por meio da implantação de povoamentos florestais com espécies nativas e exóticas. O experimento foi instalado na Estação Experimental do Instituto Agrônomico de Pernambuco - IPA, utilizando nove espécies, entre nativas e exóticas: (Imburana - Amburana cearense (Allemão) A.C. Sm.; Angico - Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul; Jurema - Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.; Sabiá - Mimosa caesalpiniaefolia Benth.; Acácia - Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby; Leucena - Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit.; Algaroba - Prosopis juliflora (Sw.) D.C.; Ipês - Tabebuia sp.1 e Tabebuia sp.2), em um delineamento inteiramente casualizado com diferentes números de repetições. Foram avaliados os seguintes parâmetros: sobrevivência, volume em metro cúbico - m3 e em metro estéreo - st, peso - kg, densidade do fuste, teor de carbono do fuste, fixação de carbono do fuste e calorimetria. Para o volume em st, o Sabiá e a Jurema apresentaram os melhores resultados. Com relação ao volume em m3, o Sabiá foi o mais produtivo. O Sabiá e a Jurema foram às espécies mais pesadas. A Jurema obteve a maior densidade do fuste, seguida do Sabiá e da Algaroba. No que se refere ao teor de carbono do fuste em porcentagem, a Jurema, a Imburana e o Sabiá apresentaram os maiores valores. A Jurema e o Sabiá fixaram as maiores quantidades de carbono no fuste em toneladas por hectare, devido a possuírem os maiores volumes médios por árvore e o Sabiá e a Jurema são as espécies com melhor eficiência em produção de calor para os fornos de calcinação da gipsita. Dessa forma, o Sabiá e a Jurema são as espécies mais indicadas para a produção de lenha em plantios comerciais homogêneos na Chapada do Araripe em Pernambuco.
In the industrial and commercial sectors of the Araripe Region in Pernambuco, the use of fire wood is mainly directed to the processes of calcination and production of gypsum in different technologies. Thus, this study aimed to find alternatives to supply the demand of firewood in the Gypsun Pole of Araripe in Pernambuco through the implementation of the forest with native and exotic species. The experiment was installed at the Experimental Station of the Agronomic Institute of Pernambuco - IPA, using nine species, among native and exotic: (Imburana - Amburana cearense (Allemão) A.C. Sm.; Angico - Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul; Jurema - Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir.; Sabiá - Mimosa caesalpiniaefolia Benth.; Acácia - Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby; Leucena - Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit.; Algaroba - Prosopis juliflora (Sw.) D.C.; Ipês - Tabebuia sp.1 e Tabebuia sp.2) in a completely randomized design with different number of replications. The following parameters were evaluated: survival, volume in cubic meter - m3 and stereo meters - st, weight - kg, density of the stem, the carbon shaft of stem, carbon fixation of stem and calorimetry. For the volume in st Sabiá and Jurema presented the best results. With regard to the volume in m3 Sabia was the most productive. Jurema and Sabiá were heavier species. The Jurema had the highest density of stem, followed by Sabiá and Algaroba. Regarding the carbon content in percentage Jurema, Imburana and Sabiá had the highest values. Jurema and Sabiá had the largest amounts of carbon fixed in stem in tonners per hectare due to have the highest average volume per tree and Sabiá and Jurema were the species with better efficiency in production of heat in the process of dehydration of gypsum. Thus, Sabiá and Jurema are the species indicated for the production of wood in homogeneous commercial plantations in the Chapada Araripe in Pernambuco.