O estudo morfológico e silvicultural de Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr.
(grápia), Cabralea canjerana (Vell.) Mart. (canjerana), Cordia trichotoma (Vell.) Arráb. ex
Steud. (louro), Holocalyx balansae Micheli (alecrim) e Diatenopteryx sorbifolia Radlk.
(maria-preta) foi realizado de março de 2007 a março de 2010, no Município de Frederico
Westphalen, em condições de laboratório e viveiro florestal, na Universidade Federal de
Santa Maria, Rio Grande do Sul. Foram selecionadas 20 árvores matrizes de cada
espécie para observações da floração e frutificação, coleta de flores, frutos e sementes
para descrição morfológica, sementes para quantificação do número de sementes por
quilograma, germinação, emergência e descrição e ilustração do processo germinativo,
plântula e muda. Sementes de grápia e canjerana foram analisadas a partir de cada
árvore matriz que dispôs de frutos maduros no mesmo período, sendo que, para as
demais, foi formado um lote de sementes em função da irregularidade produtiva. Para
maria-preta, realizou-se apenas a descrição fenológica e morfológica. As espécies
apresentaram as fenofases influenciadas pelas variáveis ambientais de precipitação e
temperatura, havendo irregularidade na produção de frutos e sementes conforme o ano e
árvore matriz. A maior presença de flores de grápia ocorre de setembro a outubro;
canjerana, de setembro a outubro; louro, de fevereiro a junho; alecrim, em duas ocasiões,
fevereiro e de junho a setembro; e maria-preta, de setembro a outubro. A maturação dos
frutos ocorre, com maior intensidade, de janeiro a março para grápia; de novembro a
dezembro para canjerana; de maio a julho para louro; novembro e de março a abril para
alecrim; e de novembro a janeiro para maria-preta. O estudo destaca novas informações
e ilustrações morfológicas de flores, frutos, sementes, processo germinativo até a fase de
muda, salientando as variações observadas quanto ao tamanho de frutos e sementes.
Houve diferenças significativas das sementes provenientes de árvores matrizes de grápia
e de canjerana, nos testes físicos e fisiológicos, assim como baixo índice germinativo do
lote de sementes de louro e de alecrim. A partir da implantação a campo, mudas de
grápia e canjerana, de diferentes árvores matrizes, apresentaram variações no
crescimento e sobrevivência. Os dados obtidos permitem aplicação prática em estudos
ecológicos, testes de germinação, produção de mudas, entre outros, destacando a
importância do uso de sementes adquiridas de um maior número de matrizes,
considerando a ampla variação dos resultados alcançados.
The morphological and silvicultural of Apuleia leiocarpa (Vogel) J. F. Macbr.
(Grápia) Cabralea canjerana (Vell.) Mart. (Canjerana), Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex
Steud. (louro), Holocalyx balansae Micheli (alecrim) and Diatenopteryx sorbifolia Radlk.
(maria-preta) was conducted from March 2007 to March 2010, in the City of Frederico
Westphalen and in conditions of laboratory and forest nursery, located in the Federal
University of Santa Maria, Rio Grande do Sul. In that way, were selected 20 matrixes trees
of each species for observations of flowering and fruiting, collection of flowers, fruits and
seeds for morphological description and to quantify the number of seeds per kilogram,
germination, emergence and description and illustration of the germination process,
plantlent and seedling . Seeds of grápia and canjerana were analyzed from each mother
tree that has had ripe fruit in the same period, while for the others, was formed a portion
of seeds depending on the irregularity of production. For maria preta, took place just
phenological and morphological description. The species showed the phenophases
influenced by environmental variables and temperature, having irregularity in the
production of fruits and seeds according to the year and tree matrix. The increased
presence of grápia flowers occurred from September to October; canjerana from
September to October; louro from February to June; alecrim in two occasions, February
and from June to September, and maria preta from September to October. The fruit
ripening was more intense from January to March for grápia; canjerana from November to
January, May to July for louro, November and March-April for alecrim, and from November
to January for maria preta. The study highlights new morphological information and
illustrations of flowers, fruits, seeds, seed germination until the seedling stage,
emphasizing the variations noticed in size of fruits and seeds. There were significant
differences of seeds from matrix trees of grápia and canjerana, in physical and
physiological tests, as well as, low germination rate from the portion seeds of louro and
alecrim. After the implementation in the field, seedlings of grápia and canjerana from
different mother trees, showed variations in growth and survival. The data obtained allow
practical application in ecological studies, germination tests, seedling production, among
others, increasing the importance of using seeds acquired from a larger number of
matrixes, considering the wide variation of results achieved.