A madeira quando usada em contato direto com o solo, é
atacada por agentes biológicos, principalmente fungos apodrecedores e cupins
subterrâneos. Uma maneira de ampliar as possibilidades de utilização das
espécies de baixa durabilidade natural, como as do gênero Pinus, é através do
tratamento químico preservante. No entanto, faltam informações disponíveis
que indiquem a durabilidade destas madeiras em serviço. A fim de se
determinar a durabilidade da madeira do gênero Pinus tratada com
preservantes, a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” e o Instituto
Florestal do Estado de São Paulo instalaram, em 1980, campos de
apodrecimento segundo método de ensaio sugerido pelo IUFRO (International
Union of Forestry Research Organizations). As espécies utilizadas no ensaio
foram o Pinus elliottii Engl. var. elliottii, o Pinus caribaea Mor. var. hondurensis,
B & G., o Pinus oocarpa Shied e o Pinus kesiya Royle ex Gordon; tratadas com os preservantes CCA tipos A, B e C, CCB e pentaclorofenol, em cinco níveis de
retenção. Em continuidade ao projeto, foi inspecionado o campo instalado na
Estação Experimental de Mogi-Guaçu, visando avaliar o estado de sanidade do
material. A análise dos resultados obtidos até o momento, 21 anos de
exposição demonstrou que não houve diferença no comportamento entre
espécies. Os índices de comportamento mais altos (maior expectativa de
durabilidade) correspondem aos tratamentos com CCA tipos A, B e C em
retenções acima de 7,5 kg/m3. Mesmo para os tratamentos que apresentaram
os menores índices de comportamento (CCA tipo C com retenções de 5,0 kg/m3
e CCB com 5,9 kg/m3), é prevista uma durabilidade de 30 anos em serviço.
When used in ground contact, wood is deteriorated by biological
agents, as root fungi and subterranean termites. A way to increase the use of
wood species of low natural durability, as the Pinus lumber, is the preservative
treatment. However, there is a lack of information indicating the durability of
treated wood. In order to determine the durability of preservative treated Pinus
lumber, the Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” and the Instituto
Florestal do Estado de São Paulo installed, in 1980, fields tests according to the
IUFRO (International Union of Forestry Research Organizations). The species
under test were Pinus elliottii Engl. var. elliottii, Pinus caribaea Mor. var.
hondurensis, B & G., Pinus oocarpa Shied and Pinus kesiya Royle ex Gordon;
treated with the preservatives CCA types A, B and C, CCB and
pentachlorophenol, in five retention levels. In continuity to the project, the
material installed in the test site of Experimental Station of Mogi-Guaçu was
inspected, to evaluate the degree of attack. The analysis of results obtained till now, after 21 years of exposure, demonstrated that there are no differences in
durability related with species. The highest performance index (longer durability
expectation) correspond to treatments with CCA types A, B and C in retentions
above 7,5 kg/m3. Even for the treatments that presented lowest performance
index (CCA type C with retention of 5,0 kg/m3 and CCB with 5,9 kg/m3), the
durability expectation is 30 years in service.