Resumo:
O pólo oleiro dos Municípios de Iranduba e Manacapuru é o maior consumidor de lenha no Estado do Amazonas, abastecendo com telhas e tijolos todo o mercado de Manaus. Dos diversos ramos de indústrias do setor primário insaladas em Iranduba, a atividade oleira desempenha papel de destaque na conomia local. Nessa região, ainda hoje, o recurso florestal utilizado como lenha provém do extrativismo desordenado das florestas primárias ou secundárias, onde não é aplicada nenhuma técnica de manejo, o que faz com que a floresta primária comercialmente aproveitável se torne cada vez mais inacessível. No ano de 2000, o Município de Iranduba (com área de 2.354 km2) já apresentava um índice de desmatamento de 13,39% de seu território, considerado alto, se comparado ao índice de desmatamento do Estado do Amazonas, que é de cerca de 2%. Este cenário relacionado às atividades econômicas desenvolvidas no Município, principalmente àquelas que utilizam, em sua cadeia produtiva, insumos básicos extraídos da floresta. No Estado do Amazonas existem poucas iniciativas empresariais com plantios florestais ordenados, apesar da exigência do Código Florestal para reposição dos volumes de madeira explorados. Pesquisas desenvolvidas pela Embrapa na região de Iranduba indicam que é possível produzir lenha de forma sustentável a partir de plantios homogêneos, diminuindo a pressão sobre as florestas nativas. Resultados experimentais com um ano de idade mostraram que a espécie Acacia mangium apresenta o melhor desempenho no crescimento em altura e diâmetro. Setor oleiro de Iranduba consome em média 3,3 estéreos de lenha por milheiro de tijolo produzido. Este consumo se reduz para 0,8 estéreos de lenha quando se utiliza A. Mangium. A Embrapa espera, como produto final da pesquisa, recomendar um sistema de produção florestal com fins energéticos e, assim, atender a demanda por lenha, de forma contínua e sustentável. O uso desta tecnologia resultará em impacto positivo para a economia da região, com a conseqüente redução das taxas de desmatamentos nos municípios. Aparecida das Graças Claret de Souza - Chefe-Geral.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em vinte capítulos: 1 - Acácia mangium; 2 - Taxonomia e nomenclatura; 3 - O Gênero Acácia; 4 - Distribuição Geográfica e Requerimentos Edafoclimáticos; 5 - Plantios no Mundo; 6 - Simbiose; 7 - Usos; 8 - Hibridação; 9 - Procedências; 10 - Reprodução Sexuada; 11 - Germinação; 12 - Produção de mudas; 13 - Produção Assexuada; 14 - Manutenção e Cuidados Posteriores; 15 - Preparo do Solo e Plantio; 16 - Espaçamento; 17 - Adubação; 18 - Controle de Pragas e Doenças; 19 - Controle de Plantas Invasoras; 20 - Silvicultura e Manejo.