O método de plantio manual de mudas de árvores é predominante
no Brasil. Para a redução dos custos com mão-de-obra, aumento de
produtividade e qualidade operacional, o plantio manual deve ser substituído
total ou parcialmente por operações mecanizadas. Com esse enfoque foram
avaliadas as atividades de plantios manual e mecanizado de eucaliptos, bem
como de preparo mecanizado do solo, em área pertencente a uma empresa
florestal. O plantio manual foi feito por onze trabalhadores rurais, com o uso da
transplantadora de acionamento manual. O plantio mecanizado foi realizado
por uma máquina de transplantio de mudas, operada por um trabalhador rural e
tracionada por um trator. Na área do estudo foram locadas duas parcelas
amostrais, formando uma malha de setenta e cinco pontos amostrais para cada
sistema de plantio. Os itens do preparo do solo avaliados foram a profundidade
do sulco, o diâmetro dos torrões e o volume cilíndrico dos galhos de madeira
sobre a faixa de sulcamento. O itens dos sistemas de plantio avaliados foram a
presença de defeitos da operação, a distância entre plantas, a altura da parte
aérea das mudas e a sobrevivência das plantas após um mês de idade. As ferramentas da qualidade total utilizadas foram os histogramas, o diagrama de
causa e efeito, os gráficos de Pareto e de controle. As análises estatísticas dos
resultados foram feitas pelo teste t e pelo teste de qui-quadrado Para avaliar o
desempenho operacional do sistema manual estimou-se somente a capacidade
de campo operacional. No sistema mecanizado foram estimadas as
capacidades de campo efetiva e operacional. Nos dois sistemas de plantio
foram estimados também os custos horários e operacionais das máquinas e da
mão-de-obra. Entre os sistemas de plantio, a distância entre plantas foi
diferente estatisticamente, com melhor distribuição das mudas no sistema
manual.
O
número
de
defeitos
por
muda
plantada
foi
semelhante
estatisticamente entre os sistemas de plantio. Os principais defeitos do sistema
manual foram as mudas plantadas com colo encoberto pelo solo e as mudas
plantadas fora do centro do sulco, os quais representaram 72,8% do total. No
sistema mecanizado, esses defeitos, somados às mudas não plantadas e
mudas não firmes, representaram 76,7% do total. A altura da parte aérea foi
diferente estatisticamente, tanto no plantio como um mês após. A sobrevivência
das mudas efetivamente plantadas, após um mês de idade, foi semelhante
estatisticamente. Concluiu-se, assim, que a qualidade em ambos os sistemas
de plantio não variaram dentro de padrões aceitáveis pela empresa florestal. O
tempo produtivo do sistema de plantio mecanizado foi igual a 48,2%, gerando
uma capacidade de campo operacional 60,0% menor do que no sistema
manual. Inferiu-se que o número médio d
e mudas plantadas por trabalhador
por hora foi igual a 95 no sistema manual, enquanto que no sistema
mecanizado foi igual a 205. O custo operacional estimado do sistema
mecanizado foi 44,9% maior do que no sistema manual, fato devido a baixa
capacidade de campo operacional observada no sistema mecanizado.
Hand planting of tree seedlings is the predominant method in
Brazil. In order to reduce labor costs, increase productivity, and improve
operational quality, hand planting should be totally or partially replaced by
machine operations. Having this in mind, eucalyptus’ hand and machine planting
activities were assessed, as well as those of mechanical tillage, in an area
belonging to a forestation company. Hand planting had been carried out by 11
rural workers by using a planting tube. Machine planting had been carried out by
using a seedling transplant machine, which was operated by a rural worker and
pulled by a tractor. In the study area, two sampling parts were allocated, forming
a web with 75 sampling points for each planting system. Tillage items that were
assessed included furrow depth, stone diameter, and the cylindrical volume of
wood branches on the furrow belt. Planting system items that were assessed
included the presence of operation defects, distance between plants, height of
the top portion of the seedlings, and plant survival after one month of age. Total
quality tools included histograms, cause and effect diagram, control graphs, and
Pareto’s graphs. Statistical analyses of the results were performed by using t test and qui-square test. To evaluate hand planting system’s operational
performance, only the operational field capacity was estimated. As for the
machine system, effective and operational field capacities were estimated.
Labor and machine hourly costs, as well as the operational costs for both
planting systems were assessed. When comparing planting systems, the
distance between plants was statistically different, with hand planting system
showing better seedling distribution. The number of defects per planted seedling
was statistically similar for both planting systems. The major defects in the hand
planting system were seedlings planted with soil-covered base and those
planted out of the furrow center, which represented 72.8% of the total. With the
machine system, these defects, in addition to non-planted and loose seedlings,
represented 76.7% of the total. The height of the top portion was statistically
different, both when planting and after one month. The survival of effectively
planted seedlings after one month of age was statistically similar. Thus, we
concluded that the quality of both planting systems did not vary within the
standards that are acceptable for the forestation company. Machine planting
system’s productive time was 48.2%, and generated an estimated operational
field capacity 60.0% less to that for the hand planting system. The average
number of planted seedlings per worker by hour was inferred to be equal to 95
in the hand planting system, whereas it was equal to 205 in the machine system.
The operational cost for t
he machine system was estimated to be 44.9% greater
to that for the hand planting system, which is due to the low operational field
capacity observed in the machine system.