Resumo:
As regiões Sul e Sudeste formam um dos maiores polos consumidores e exportadores de madeira oriunda de plantios florestais. No entanto, as espécies de eucalipto adaptadas às condições climáticas e economicamente importantes para as regiões mais frias do Brasil constituem um grupo muito restrito. O E. benthamii e o E. dunnii são alternativas para o plantio, principalmente em função da resistência e tolerância a geadas. Contudo, existem limitações quanto à produção de sementes e, quando existe disponibilidade, os preços são elevados. A propagação vegetativa de espécies florestais é uma alternativa para a obtenção de indivíduos que apresentam características genéticas superiores, principalmente em situações onde a semente é um fator limitante. Devido ao grande impacto gerado no setor florestal, o conjunto de técnicas de clonagem está sendo foco de inúmeras pesquisas em várias áreas do conhecimento. Dentre as principais vantagens, a propagação clonal pode maximizar os ganhos em uma única geração, mantendo as características favoráveis, evitando a variabilidade encontrada em árvores obtidas a partir de sementes, onde os ganhos em homogeneidade, produtividade e adaptabilidade, justificam o processo de clonagem. Nesse sentido, as estratégias de melhoramento para espécies puras podem ser associadas a programas de produção de híbridos e de clonagem, visando produzir, capturar e multiplicar combinações superiores, a fim de aumentar a eficiência dos programas de melhoramento. Os materiais genéticos hibridizados podem apresentar maior plasticidade quanto à adaptação aos diferentes sítios florestais e, além disso, podem ser mais produtivos ou apresentarem melhores características da madeira. A clonagem do Eucalyptus vem sendo executada principalmente por meio da miniestaquia, a qual tem sido adotada pela maioria das grandes e médias empresas florestais, em que os indivíduos são selecionados em função das características silviculturais e tecnológicas de interesse. A tecnologia de produção de mudas de espécies florestais está em constante desenvolvimento, sendo que novos avanços podem ser esperados a cada ano. O desafio para o setor florestal nos próximos anos não será apenas o de investimentos na área industrial, mas também quanto ao aumento de produtividade pela seleção de novas variedades, sendo que a biotecnologia, por meio da propagação clonal, está contribuindo significativamente para o desenvolvimento deste setor. Apresentado por Helton Damin da Silva - Chefe-Geral Embrapa Florestas
Descrição:
O documento é apresentado em 18 capítulos: 1 - Apresentação; 2 - Sumário; 3 - Importância da miniestaquia; 4 - Seleção da planta matriz; 5 - Resgate do material genético pela estaquia; 6 - Constituição do minijardim clonal; 7 - Manejo do minijardim clonal; 8 - Coleta e confecção das miniestacas; 9 - Aplicação de regulador de crescimento; 10 - Substrato e recipiente de enraizamento; 11 - Enraizamento das miniestacas em casa de vegetação; 12 - Aclimatação das miniestacas em casa de sombra; 13 - Rustificação e crescimento das mudas de miniestaquia a pleno sol; 14 - Sobrevivência de minicepas; 15 - Produção anual de miniestacas em minijardim clonal do tipo “canaletão”; 16 - Produção de miniestacas em função das estações do ano; 17 - Dados de enraizamento ao longo das estações do ano; 18 - Referências