Resumo:
A comunidade indígena, em Mato Grosso do Sul, constitui-se em uma das maiores do país, com cerca de 56 mil pessoas. Esta população vem enfrentando sérias dificuldades no que tange a sua sustentabilidade, fruto de um processo histórico de degradação cultural e pressão fundiária, que vem confinando os povos indígenas em áreas reduzidas e inadequadas para a sua sobrevivência. Esse processo tem gerado uma pressão de uso excessiva, com profundo comprometimento dos recursos naturais e deterioração da qualidade de vida, com graves problemas de desnutrição, alcoolismo, violência, entre outros. Tal situação tem gerado dependência crescente de insumos e recursos externos, em um ambiente social cada dia mais desfavorável. Em um esforço conjunto com as diversas instituições envolvidas com a questão indígena no país, a Embrapa vem empreendendo trabalhos de sucesso, a exemplo do Projeto Krahô, e está amplamente inserida nas discussões sobre as políticas públicas para o setor. Em Mato Grosso do Sul, as duas representações da Embrapa em Dourados, a Embrapa Agropecuária Oeste e a Embrapa Transferência de Tecnologia - Escritório de Negócios de Dourados, vêm se engajando cada vez mais nesta problemática, com atuação crescente junto aos povos indígenas. O objetivo do presente documento é relatar as ações diretamente ligadas à questão indígena desenvolvidas pela Embrapa Agropecuária Oeste e Embrapa Transferência de Tecnologia em Mato Grosso do Sul e apresentar tecnologias e processos gerados pela instituição, com forte potencial de uso para essas comunidades. Mário Artemio - Urchei Chefe-Geral.