Resumo:
Aspectos aplicados da restauração de ecossistemas têm grande interesse para a sociedade, pois a recuperação ambiental necessita ser realizada em milhões de hectares no Brasil. Insere-se aí a silvicultura da restauração, já que talhões mistos de árvores são muito empregados e constituem, ao leigo, a modalidade mais lógica de proceder, nos locais onde existiam florestas. Somente nas regiões Sul e Sudeste, dezenas de milhões de mudas de árvores nativas vêm sendo produzidas e plantadas a cada ano, freqüentemente com resultados insatisfatórios. Os esforços práticos de recuperação de ecossistemas degradados, iniciados no Brasil há cerca de 30 anos e, antes disso, a experimentação silvicultural tradicional com árvores brasileiras, constituem uma base valiosa para análise visando à superação dos problemas constatados. Para que tenham sucesso, os talhões para recuperação ambiental requerem, de modo associado, sistemas silviculturais eficazes e espécies eficazes. Nisso, a exigência cada vez maior pela participação de espécies nativas em sentido estrito leva à regionalização crescente das prescrições técnicas e, para bem cumprí-las, da capacitação do pessoal envolvido. A presente contribuição da Embrapa Florestas procura fixar um marco técnico sobre o tema, para uso no Estado do Paraná, e oferece informações pontuais e fundamentos para a elaboração de obras equivalentes, direcionadas a outros recantos do País. Sérgio Gaiad - Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Florestas.