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O modelo de desenvolvimento adotado pela sociedade exerceu e ainda exercerá uma pressão expressiva sobre os recursos naturais. Sem sombra de dúvidas, uns dos segmentos de paisagem que mais se alteram com as atividades humanas são os ambientes fluviais, pois sua posição, dominantemente em planícies, favorece o recebimento de todos os tipos de resíduos e sedimentos, além de, na maioria dos casos, terem suas florestas totalmente descaracterizadas. Em outras palavras, verifica-se uma forte alteração das funcionalidades ecológicas dos rios, trazendo prejuízos expressivos, não só para o próprio homem, mas, sobretudo, para todo o ambiente. Dentro desse enfoque, o rio Itajaí, no estado de Santa Catarina, também se encontra profundamente alterado, com o comprometimento quase que total de sua cobertura florestal. No sentido de reverter esse processo, a Embrapa Florestas e a Universidade Regional de Blumenau - FURB (representada pelo Departamento de Ciências Naturais - DCN e o Instituto de Pesquisas Ambientais - IPA), efetuaram um levantamento de solos e geomorfologia fluvial, concomitantemente ao levantamento florístico nos rios Itajaí do Oeste e Itajaí-Açu, com o objetivo de obter uma relação de espécies arbóreas nativas que possam ser recomendadas para a recuperação das margens do citado rio. Para tanto foi empregada uma metodologia de pesquisa desenvolvida pela Embrapa Florestas, a qual se mostrou muito contundente à medida que releva especificidades interativas da geologia, geomorfologia, hidrologia, pedologia e cobertura vegetacional. Este documento apresenta os resultados obtidos no referido estudo, agrupando as espécies em três grupos funcionais, potenciais para a recuperação de ambientes fluviais do rio Itajaí do Oeste e Itajaí-açu, em concordância com os padrões de solos identificados ao longo da Bacia. |
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