Resumo:
As atividades de reflorestamento com espécies do gênero Pinus, no País, foram intensificadas a partir da segunda metade da década de 60 após a promulgação da lei dos incentivos fiscais. Extensas áreas foram ocupadas, constituindo hoje base de importantes atividades industriais como produção de celulose e papel, embalagens, aglomerados, mobiliário, compensados, chapas, dentre outras. Evidentemente que uma área de tal dimensão engloba uma variação muito grande de solos e climas, trazendo como conseqüência acentuadas diferenças de produtividade. Um dos problemas enfrentados atualmente pela pesquisa é a falta de informações multidisciplinares de pesquisa, onde se associam diferentes áreas do conhecimento para interpretações de produtividade tanto quantitativas quanto qualitativas. Esse trabalho, desenvolvido em parceria entre a Embrapa Florestas e o Laboratório de Anéis de Crescimento do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP, envolve conhecimentos nas áreas de Solos, Nutrição Florestal e Tecnologia da Madeira. Essa interação de áreas, denominada de Dendronutrição, permite entender estas relações e com isso identificar, para cada ano do crescimento das árvores, os fatores de solo e de nutrição que estão diretamente relacionados com a produção qualitativa e quantitativa de madeira. Os resultados gerados neste trabalho permitem entender essas relações, identificar esses fatores e, com isso, selecionar sítios de acordo com o tipo de madeira que se propõe a produzir, corrigindo algumas propriedades físicas e químicas do solo, que se mostrem inadequados, para as árvores, e que possam ser alteradas através de práticas silviculturais adequadas. Sergio Gaiad - Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Florestas.