O sequestro de carbono nos ambientes terrestres, sendo feito de forma
natural pelos vegetais através da fotossíntese, cujo processo permite fixar o carbono nos solos
e, em forma de matéria lenhosa nas plantas, vem sendo apontado como uma alternativa
mitigadora das mudanças climáticas, segundo acordos internacionais como o Protocolo de
Kyoto. A retirada da floresta nativa provoca a diminuição significativa da biomassa
microbiana e da fertilidade do solo. A reserva de carbono na matéria orgânica do solo é uma
importante estratégia para atenuar a concentração de CO2 na atmosfera. Com o reflorestamento
dessas áreas ocorre uma recuperação lenta e contínua da quantidade e qualidade da matéria
orgânica. O eucalipto é a essência florestal mais plantada no Brasil e essas plantações
florestais com eucalipto poderão cumprir o papel de aumentar as concentrações de carbono
orgânico no solo, recuperando estruturas perdidas quando da exportação da madeira através da
colheita, bem como, provocando mudanças ambientais associadas. Este trabalho objetivou
quantificar a fixação de carbono no compartimento do solo de 0 a 60 cm de uma floresta
nativa em comparação com plantios de eucalipto com 3 diferentes idades: 0 a 1 ano (área
recém implantada); 3 a 4 anos (metade do ciclo) e 6 a 7 anos (época de corte). Foram
escolhidos quatro diferentes sítios de amostragem com uma área amostral de 1 ha cada. Foram
coletadas amostras de solo no inverno e no verão a diferentes profundidades para que se
pudesse conhecer a quantidade de carbono orgânico fixado ao longo do perfil do solo
considerando o fator da sazonalidade. Os resultados indicam que o manejo nas áreas interferiu
no acúmulo de carbono no solo dos quatro sítios estudados, mostrando também que o
fragmento de Cerrado estoca menos carbono que os plantios de eucalipto. Quanto à
sazonalidade, houve diferença significativa entre o acúmulo de carbono entre os períodos de
inverno e verão somente para a profundidade de 0 a 20 cm, a camada mais superficial do solo.
The carbon sequestration in terrestrial environments, by plants
through photosynthesis, allows carbon fixing as a woody matter in plants. This process has
been identified as an alternative to mitigate climate change, according to Kyoto Protocol, an
international environmental agreement. The removal of the native forest causes a significant
decrease of microbial biomass and soil fertility. The storage of carbon in soil organic matter is
an important strategy to reduce the concentration of CO2 in the atmosphere. With the
reforestation of these areas, occurs a slow and continuous recovery of the quantity and quality
of organic matter. The eucalyptus is the most planted species in Brazil for industrial supply.
These eucalyptus reforestations may fulfill the role of increasing soil organic carbon
concentration, recovering some structures lost by wood harvesting and causing associated
environmental changes. This study aimed to quantify the carbon fixation within the soil
compartment from 0 to 60 cm depth of a native forest formation in comparison with
eucalyptus plantations with 3 different ages: 0 to 1 year (newly planted area); 3 to 4 years (half
the harvesting cycle) and 6 to 7 years (harvesting time). Four different sites were chosen for
sampling, with a sampling area of 1 ha each. Soil samples were collected in winter and
summer time, at different depths, to quantify the organic carbon fixed throughout the soil
profile, considering the seasonality factor. The results indicate that management in each area
interfered in the accumulation of carbon in the soil in the four sites studied. The savanna
fragment stored less carbon than the eucalyptus plantations. Regarding seasonality, a
significant difference was found between the accumulation of carbon in winter and summer
periods for the depth from 0 to 20cm, the most superficial layer of soil.