Resumo:
Em síntese, faz-se um esforço, no trabalho, para levar aos que atuam no setor agroflorestal brasileiro um quadro teórico, envolvendo a tomada de decisão dos produtores, e os principais instrumentos metodológicos para se estimar os custos e benefícios ao nível da propriedade agroflorestal, a curto e longo prazo. Neste caso, o trabalho avança e agrega conhecimento ao aportar aspectos teóricos que se associam a um quadro metodológico, sinalizando que as ferramentas atuais usadas na gestão das propriedades rurais não se encontram esgotadas. E questiona o enfoque dominante que usam como ferramentas somente os instrumentos quantitativos tais como funções de produção, programação matemática e custos de produção Isto implica “provocar" academicamente os que atuam na área de ciências da gestão em retomarem os temas sobre o processo da decisão, otimização de sistemas, introduzindo o uso do termo racionalidade numa avaliação mais abrangente, a definição do conceito de escolha ótima ou possível, entre outros. De um lado, o trabalho procura refletir sobre quais são os principais quadros teóricos que auxiliam a tomada de decisão e quais são as suas principais criticas ou pontos vulneráveis quando envolvem questões associadas à propriedade rural. O desafio é se compreender melhor como ocorre o processo de decisão e as mudanças efetivas que, a partir dele, podem ocorrer na propriedade rural. Ou, compreender e explicar como se passa da teoria à prática, na gestão de sistemas de produção envolvendo atividades que produzem retornos no curto prazo com outras onde os resultados são apresentados através de fluxo de caixa, e que demandam a implementação de análises de longo prazo que exigem estimar taxas de desconto (atratividade do capital). Por outro lado, o trabalho procura passar do quadro teórico a pratica.