A seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. de Juss.) Müell. Arg.] possui a maior
capacidade produtiva de látex ao compará-la com outras espécies do mesmo gênero, podendo
ser utilizada para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e em sistemas
agroflorestais. Porém, a produtividade desta cultura pode ser afetada pela ocorrência de fungos
patogênicos, dentre eles o Oidium heveae e causa uma das mais importantes doenças da
seringueira, o oídio. No presente trabalho foi estudada a infestação do O. heveae em mudas de
três clones de H. brasiliensis: RRIM 600, GT1 e PR255, com o objetivo de determinar
algumas alterações bioquímicas relacionadas ao estresse oxidativo e conhecer a correlação
destes com a resistência dos clones infectados. O presente experimento foi conduzido em
ambiente aberto sob condições fotoperiódicas naturais em setembro de 2010. No início do
período experimental as plantas de seringueira foram infectadas através da pulverização de
uma solução aquosa contendo O. heveae na concentração de 16 x 104 conídios mL-1. No dia da
inoculação e após 48, 96 144 e 192 h foram coletadas amostras foliares para determinação das
atividades das enzimas antioxidantes glutationa S-transferase, superóxido dismutase e
peroxidase, bem como os indicadores de estresse oxidativo, tais como, lipoperóxidos,
pigmentos fotossintéticos, açúcares solúveis e peróxido de hidrogênio. O estresse gerado pelo
patógeno não alterou significativamente o teor de lipoperóxidos e os açúcares solúveis totais e
redutores. Degradação nos pigmentos fotossintéticos e diminuição nos teores de H2O2 no
período de infecção foi observada nos clones de seringueira estudados. Atividade das enzimas antioxidantes GST, SOD e POD foi maior no clone RRIM600 e não foi alterada nos demais
clones após inoculação por O. heveae. Portanto, houve estresse oxidativo nos clones de
seringueira estudados, indicado pela degradação dos pigmentos fotossintéticos e diminuição
dos teores de peróxido de hidrogênio. O clone RRIM600 apresentou reação ao ataque do
patógeno, através do aumento da atividade das enzimas antioxidantes GST, SOD e POD.
The rubber tree [Hevea brasiliensis (Willd. ex Adr. Of Juss.) Muell. Arg.] has the largest
production capacity of latex in comparison of other species of the genus and can be used for
reforestation, rehabilitation of degraded lands and agroforestry. However, the productivity of
this crop may be affected by the occurrence of pathogenic fungi, such as Oidium heveae and
causes one of the most important diseases of rubber trees, powdery mildew. In this work was
studied the infestation of O. heveae on seedlings of three clones of H. brasiliensis RRIM 600,
GT1 and PR255, in order to determine some biochemical changes related to oxidative stress
related to resistance of infected clones. This experiment was conducted in open air under
natural photoperiodic conditions in September 2010. At the beginning of the trial period the
rubber plants were infected by spraying an aqueous solution containing O. heveae at
concentration of 16 104 conidia mL-1. On the day of inoculation and after 48, 96 144 and 192 h
leaf samples were collected for determination of the activities of antioxidant enzymes
glutathione S-transferase, superoxide dismutase and peroxidase, as well as indicators of
oxidative stress, such as lipoperoxides, photosynthetic pigments, soluble sugars and hydrogen
peroxide. The stress generated by the pathogen did not significantly alter the content of
lipoperoxides and total and reduced soluble sugars. Degradation in photosynthetic pigments
and decreased the levels of H2O2 in the period of infection was observed in clones of rubber
studied. Activity of antioxidant enzymes GST, SOD and POD was higher in clone RRIM600
and was unchanged in the other clones after inoculation by O. heveae. Therefore, the oxidative stress in rubber three clones studied, indicated by the degradation of photosynthetic pigments
and low levels of hydrogen peroxide. The clone RRIM600 presented reaction to pathogen
attack by increasing the activity of antioxidant enzymes GST, SOD and POD.