As plantas defendem-se continuamente contra ataques de bactérias, vírus, fungos,
invertebrados e outras plantas. O estresse oxidativo é um tipo de resposta fisiológica da planta
após o reconhecimento do patógeno, podendo resultar em sintomas diversos, dependendo da
sensibilidade, e dos mecanismos de defesa da planta hospedira. Situações de estresse impostas
por diversos fatores, como de estresse biótico, que resulta da ação de micro-organismos
patogênicos, nematóides e artrópodes e de interações simbióticas bactéria/cianobactéria/fungo-
planta, são de enorme relevância para o crescimento, desenvolvimento, produtividade e
sobrevivência dos hospedeiros. A antracnose causada por Colletotrichum gloeosporoides,
constitui um sério problema para a cultura da seringueira [Hevea brasiliensis (Willd. Ex Adr.
De Juss) Müell. Arg.] no Estado de São Paulo. Este fungo ataca diversas partes da planta ou
atua como saprófita associado a outros patógenos, prejudicando o crescimento,
desenvolvimento e a produtividade. Foram analisadas alterações bioquímicas em folhas de
mudas de três clones de seringueira RRIM 600, GT1 e PR255 infectadas pelo fungo C.
gloeosporoides, observando os indicadores de estresse oxidativo (lipoperóxidos, peróxido de
hidrogênio, pigmentos fotossintéticos e açúcares solúveis) e enzimas antioxidantes (glutationa
S-transferase- GST, superóxido dismutase-SOD e peroxidase-POD) relacionadas com
proteção contra estresse. Neste trabalho foi observado que a infecção por C. gloesosporoides
em plantas H. brasiliensis causa estresse oxidativo, detectado pelo aumento dos teores de
peróxido de hidrogênio, acúmulo de carboidratos solúveis e degradação dos teores de clorofila
a, b e total. A elevação da atividade das enzimas antioxidantes, GST, SOD e POD nos clones
de seringueira foi decorrente de uma resposta, frente à infecção por C. gloesosporoides,
porém, este aumento não foi suficiente para evitar o estresse oxidativo.
Plants defend themselves against attacks by continuously bacteria, viruses, fungi, invertebrates
and plants. Oxidative stress is a type of physiological response of plants after pathogen
recognition and may result in various symptoms, depending on the sensitivity of the host and
the mechanisms of plant defense. Situations of stress imposed by various factors such as the
examples of biotic stress, which results from the action of pathogenic microorganisms,
nematodes and arthropods and symbiotic interactions of bacteria / cyanobacteria / plant-fungus
are of great significance to the level of growth, development, productivity and survival of the
hosts. The anthracnose caused by Colletotrichum gloeosporoides, is a serious problem for the
cultivation of rubber [Hevea brasiliensis (Willd. Ex Adr. De Juss) Müell. Arg.] in São Paulo
State. This fungus attacks the plant parts or acts as a saprophyte associated with other
pathogens hampering growth, development and productivity. It was analyzed biochemical
changes in leaves of seedlings of three tree clones RRIM 600, PR255 GT1 and infected by C.
gloeosporoides, such as, indicators of oxidative stress (lipoperoxides, hydrogen peroxide,
photosynthetic pigments and soluble sugars) and antioxidant enzymes (glutathione S-
transferase-GST, superoxide dismutase-SOD and peroxidase-POD) related to protection
against stress. In this study it was observed that infection with C. gloesosporoides in plants of
H. brasiliensis causes oxidative stress, detected by the increase of hydrogen peroxide and
soluble carbohydrates and degradation of total chlorophyll, chlorophyll a and b. The increase
in activity of antioxidant enzymes, GST, SOD and POD in rubber clones was due to a
response against the infection by C. gloesosporoides, however, this increase was not sufficient
to prevent oxidative stress.