Resumo:
Os empreendimentos florestais no Brasil, sustentados basicamente pelas florestas implantadas com espécies exóticas, vêm-se defrontando com problemas de suprimento de semente adequada, para alcançar suas expectativas de produtividade. A expansão das fronteiras dos reflorestamentos exige o uso de sementes que assegurem boa adaptabilidade às condições ecológicas adversas, como secas prolongadas, baixa fertilidade natural dos solos, geadas etc. Por outro lado, o aumento da produtividade em rotações sucessivas, nas regiões de tradição florestal, requer o uso de semente ou propágulos geneticamente melhorados, cuja produção envolve seleções, testes e reprodução massal dos melhores genótipos. Considerando que a seleção e os testes, quando o processo de melhoramento genético envolve estas fases, tenham sido efetuados dentro dos requisitos, o valor genético das sementes ou propágulos se define pelo método da sua produção. Este trabalho constitui uma tentativa de expor os fatores implicados na determinação da qualidade do material genético para uso em reflorestamentos. Além das discussões baseadas nas informações existentes na literatura, o propósito fundamental deste trabalho inclui recomendações para que sejam seguidos os critérios mínimos, determinados pelo Grupo de Trabalho em Melhoramento Genético Florestal, na produção de material genético para reflorestamento.