Resumo:
A atividade florestal, entendida como extensão ou componente da atividade econômica global na produção de bens e serviços, relega a um plano secundário sua importância relacionada com o homem e com a natureza, ou seja, as funções ecológica e social de sua existência. Costuma-se definir a atividade florestal gerando benefícios diretos e indiretos. Os primeiros referem-se aqueles que, imediatamente obtidos, possuem consubstanciado seu valor de mercado. Os segundos, além daqueles considerados na processo produtivo, podem ser agrupados em duas classificações: benefícios indiretos quantificados fisicamente e benefícios indiretos não quantificados fisicamente. Os quantificados fisicamente externam a função ecológica tais como o efeito sobre a erosão, inundações, ruídos, qualidade do ar e da água. Aqueles não quantificados fisicamente referem-se a função social, ou seja, aos aspectos psico-fisiológicos, tais como áreas de lazer, recreação, valorização histórica e científica, e conservação dos ecossistemas. Tanto os benefícios diretos como indiretos representam avaliações econômicas. A título de exemplos: a importância da floresta controlando a erosão pode ser avaliada em termos de custos de reposição da fertilidade dos Solos; a influência da floresta na qualidade natural das águas assemelha-se aos custos adicionais evitados no processo de tratamento de água para consumo humano; a proeção à fauna silvestre, em termos da rentabilidade da exploração racional de espécies econômicas, e assim por diante. ' Em grande parte, para conceituar o valor econômico das influencias florestais, é fundamental o entendimento da relação da floresta com o ciclo hidrológico, reportando deste a influência que essa pode exercer sobre e precipitação até sua importância no controle de inundações. Portanto, a hidrologia florestal compreende problemas que interessam grandemente à economia florestal. As bacias hidrográficas representam o ambiente em que se processam as atividades de relacionamento do homem com os recursos naturais, onde as florestas mercedm ser devidamente valorizadas. Compreender e quantificar a sua influência nas bacias hidrográficas é de fundamental importância e constitue-se objetivo do presente Seminário. 7 e 8 de Fevereiro de 1984, Antonio Rioyei Higa - Chefe da URPFCS-EMBRAPA.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em quinze capítulos: 1 - Influência da floresta no ciclo hidrológico; 2 - Hidrologia de florestas implantadas; 3 - Influência das florestas nativas no cilo hidrológico da região de Viçosa, MG; 4 - Balanço de energia em floresta artificial; Pinus elliotti var. eiliottii; 5 - Balanço hidríco no ecossistema florestal e sua importância conservacionista; 6 - Sistema de monitoramento ecológico de bacias hidrográficas; 7 - Avaliação do benefício indireto de proteção florestal à potabalidade natural das águas captadas para abastecimento da região metropolitana de Curitiba, com base nos produtos químicos utilizados no tratamento convencional; 8 - Evolução do índice de turbidez dos mananciais de captação; 9 - O setor florestal dentro do planejamento de bacias hidrográficas do nordeste; 10 - Classificação dos mananciais de captação no estado do Paraná; 11 - A atuação do departamento de meio ambiente e recursos naturais da CESP: trabalhos em desenvolvimento e programas futuros; 12 - Atuação do departamento de ecologia da COPEL em prol do manejo de bacias hidrográficas; 13 - Bacia hidrográfica experimental do Rio Passaúna; 14 - Programa de manejo integrado de solos: reflorestamento em microbacias hidrográficas; 15 - Projeto de pesquisas hidrológicas em floresta natural na reserva estadual de Cunha: determinação do balanço hídrico.