Resumo:
Um dos fatores básicos à perpetuação da floresta, é o equilíbrio no ecossistema. Numa floresta natural, há um equilíbrio entre duas forças: a resistência do ambiente e o potencial biótico do inseto. Por resistência do ambiente, entende-se a somatória das forças atuando no ecossistema: temperatura, luz, pressão, pluviosidade, estado de sanidade das árvores, tipo
de solo, presença de inimigos naturais, etc. Potencial biótico vem a ser capacidade do inseto de se reproduzir e sobreviver. O controle químico de emergência deve ser encarado com reservas e só se deve pensar neste recurso, uma vez esgotada todas as possibilidades. O emprego de produtos
químicos é uma medida drástica que, na maioria das vezes, agrava a situação já existente. É preciso lembrar ainda, que nunca será possível extinguir uma praga completamente; a erradicação total só é viável em condições muito particulares, como uma ilha isolada num oceano. E pelas próprias leis da natureza, um vazio deixado pela erradicação de um inseto será preenchido por outro inseto que talvez seja ainda mais prejudicial que o anterior. Portanto, tem-se que aprender a conviver com a praga, mantendo-a num nível endêmico para assegurar o perfeito equilíbrio ecológico e evitar que
a população do inseto alcance o nível epidêmico. Dado que uma floresta artificial é um investimento a longo prazo, o fator econômico deve estar sempre presente nas decisões tomadas quando do controle de uma praga.