Resumo:
O presente trabalho procura avaliar do ponto de vista técnico os reflexos do
espaçamento de plantio sobre o desenvolvimento de florestas econômicas. Essa avaliação crítica visa orientar o silvicultor para que o mesmo selecione seu espaçamento de plantio, dentro de limites aceitáveis, minimizando seus riscos de insucesso. Os reflexos do espaçamento de plantio sobre o volume de madeira e práticas silviculturais, bem como as suas interações com a qualidade do “site”, idade de corte e espécie a ser implantada, foram os principais fatores discutidos neste trabalho. O comportamento diferencial do E. saligna em relação ao E. grandis, em espaçamentos mais fechados, ficou evidenciado por um maior auto-desbaste do primeiro quando implantado em espaçamentos inferiores a 7,5 m2/planta. Este fato demonstra que deve ser feita uma revisão de conceitos sobre as técnicas de implantação do E. saligana. Considerando-se as limitações ambientais de grande parte das regiões dos cerrados brasileiros, bem como as características silviculturais das espécies de Eucalyptus atualmente disponíveis para plantio, sugeriu-se evitar plantios de extensas áreas de florestas de Eucalyptus, com espaçamentos inferiores a 3 m²/planta.