Resumo:
A madeira é, certamente, a fonte de energia mais antiga que se conhece, e ainda hoje e responsável por uma parcela considerável de energia consumida, principalmente em países em desenvolvimento. Estima-se que atualmente no Brasil, são consumidos cerca de 120 milhões de m³ de madeira como lenha, representando esse valor, 65% da produção
total de madeira do país (MUTHOO, 1977). Porem, embora esses valores sejam de impacto, eles apenas exprimem uma parcela do que realmente pode ser retirado da floresta, principalmente, quando considera-se o uso integrado da floresta. Assim, o material referente aos galhos, copas e ponteiros, são tradicionalmente descartados, justificando-se esse procedimento pela facilidade de obtenção de outras fontes de energia ou pela falta de uma tecnologia para utilizá-los. A pressão sofrida pelas empresas, para reduzir o consumo de combustíveis derivados do petróleo, levou-as a adotar uma posição favorável à utilização dos resíduos, principalmente as industrias que utilizam a madeira como matéria-prima, sendo que na atualidade, muitas delas já utilizam esse recurso como fonte de energia. O conceito de resíduos florestais engloba todo o material resultante da exploração comercial da madeira e que permanece sem utilização industrial definida. Normalmente são considerados resíduos da exploração flores tal, os seguintes materiais: casca, galhos, copa, árvores cujo diâmetro e inferior ao diâmetro comercial mínimo, árvores doentes, árvores mortas, tocos e raízes. Quanto às raízes das árvores, pouca ou nenhuma importância tem-se dado atualmente, já que grande parte de nossas florestas são regeneradas por talhadia. Porém, para florestas de Pinus, a utilização desse material deve ser também estudada, pois, além de representar um volume considerável, e por tanto uma fonte a mais de energia, a utilização das raízes facilita os trabalhos posteriores de implantação de uma nova floresta. Por outro lado, se esses resíduos representam uma fonte considerável de energia, o seu aproveitamento implica no desenvolvimento de técnicas apropriadas de exploração, inclusive forçando o desenvolvimento de novos sistemas de coleta, já que as características dos materiais são diferentes. O resíduo da exploração florestal, e um material que apresenta as seguintes características: pequeno peso - grande volume, grande dispersão na área florestal. Devido a essas características, a exploração será econômica se forem utilizados sistemas mecanizados, que minimizem a participação da mão-de-obra e concentrem as operações num determinado ponto da floresta. As alternativas para coleta e processamento do resíduo são o objetivo desse trabalho.