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Quando uma área de floresta natural é completamente desmatada, após algum tempo, em virtude das sementes e das raízes vivas deixadas no solo, surge uma nova vegetação que após vários anos evoluirá outra vez para uma floresta, nem sempre semelhante á floresta primitiva. Este processo evolutivo da vegetação natural, que nos trópicos pode durar de 50 a 100 anos, recebe o nome de sucessão secundária. Neste caso, os fenômenos evolutivos ocorrem de forma aleatória, de acordo com as leis biológicas. A floresta plantada, do ponto de vista ecológico, constitui-se numa sucessão secundária racional, ou seja, orientada segundo determinadas finalidades humanas e mantida sempre no estágio juvenil, através de cortes sucessivos da árvore.
Quando o seu objetivo primordial é apresentar elevada produtividade, a primeira medida do silvicultor, consiste em regularizar o espaço entre as árvores, fazendo caber na área estabelecida o número mais conveniente de mudas dentro de um plano de manejo previamente determinado.
O desenvolvimento uniforme de espécies de rápido crescimento durante um período de 7 - 8 anos possibilita a obtenção da mesma área basal, observada em florestas naturais tropicais no clímax. Esta elevada produtividade é obtida basicamente graças à seleção de árvores apropriadas para o reflorestamento, escolha de um espaçamento adequado para retardar ao máximo a competição das copas e dos sistemas radiculares e outros tratos culturais. Devemos ressaltar,entretanto, que o crescimento acentuado observado nas florestas plantadas ocorre à custa de uma rápida transferência de nutrientes do solo para a biomassa arbórea e de uma utilização intensiva da água do solo. Neste sentido, a tendência governamental de deslocar a utilização dos incentivos fiscais para o nordeste gera entre os silvicultores e os pesquisadores uma série de indagações quanto à viabilidade de grandes investimentos florestais na região semi-árida.
Parece ser bastante oportuno, neste momento, levantar alguns aspectos ecológicos ligados às regiões de clima seco e posteriormente à implantação de florestas na região semi-árida do Nordeste brasileiro. |
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