O espaçamento de plantio nos povoamentos mistos interfere nas relações de competição pelos
recursos do ambiente, no controle de espécies indesejadas e na facilitação da sucessão
florestal. Portanto, entre outras variáveis, afetará o crescimento das espécies, além da
ciclagem de nutrientes na vegetação e consequentemente a deposição de serapilheira. Num
plantio de restauração florestal, em Seropédica, RJ foram empregados os espaçamentos 1 m x
1 m; 1,5 m x 1,5 m; 2 m x 2 m e 3 m x 2 m e seis espécies foram estudadas quanto ao seu
crescimento durante seis anos após plantio. As características avaliadas foram altura total (m)
e diâmetro ao nível do solo (DNS) e a área de copa, visando comparar o crescimento das
plantas, aos três e seis anos de idade. O comportamento das espécies nas três características
foram diferentes, aos três e seis anos, onde em geral, o espaçamento 1 m x 1m forneceu
menores valores. Nos espaçamentos o aporte de material decíduo foi estudado durante dois
anos. No espaçamento 1 m x 1 m foi observada a maior deposição de serapilheira, não
havendo diferenças entre as unidades dos demais espaçamentos. A fração folha mostrou, em
todos os espaçamentos, maior aporte de serapilheira (77%). Maiores valores de aporte de
serapilheira e da fração folha foram observados na época da seca (março a setembro) no
espaçamento 1 m x 1 m, sendo o valor médio aportado no intervalo de dois anos, igual a 7,48
Mg ha-1 . ano -1. No material aportado na época da seca, após quatro anos de plantio,
verificaram-se os maiores teores de nutrientes N, K e Mg, sendo esse padrão pouco
influenciado pelo espaçamento. O maior conteúdo de nutrientes foi observado no
espaçamento 1 m x 1 m. Em geral, constatou-se a seguinte ordem quanto o conteúdo de
nutrientes da serapilheira, N > Ca > K > Mg > P. As espécies foram avaliadas quanto ao teor
de macronutrientes nos compartimentos da biomassa arbórea. Quanto aos teores dos
macronutrientes por compartimentos cabe destacar os valores da fração foliar (24,1; 2,1; 12,9;
11,2; 4,1 g nutriente.kg-1amostra); em segundo lugar a casca; galho em terceiro lugar; em
quarto lugar a raiz e em quinto a madeira. Conclui-se que existem diferenças no teor de
nutrientes da biomassa entre as seis espécies estudadas, sendo a paineira a mais exigente em
nutrientes, e aroeira e guapuruvu, as menos exigentes. Também que o teor de nutrientes, nos
compartimentos, seguiu a ordem folha > casca > galho > raiz > madeira. O teor de
macronutrientes apresentou a ordem N > K > Ca > Mg > P.
Planting spacing in mixed stands interferes in the competition for environment
elements, in the control of unwanted species and in forest succession facilitation. Therefore
among other variables, it will affect species growth, as well as vegetation nutrients cycling
and consequently litter deposition. On a restoration planting, in Seropédica (RJ), were
employed different spacing, 1 m x 1 m; 1.5 m x 1.5 m; 2 m x 2 m and 3 m x 2 m, and six
species were studied as to its growth during six years after planting. The variables evaluated
were total height (m) and diameter at ground level (DGL), in order to and canopy area, those
were used to compare average growth in two periods, the third and sixth year after plantation.
The species behaviors in all characteristics were different, at three and six years old, where, 1
m x 1 m spacing provided smaller values. Deciduous material was studied during two years.
In 1 m x 1 m spacing was observed the largest litter deposition, and no differences between
the units of the other spacing. The fraction leaves showed in all spacing greater supply (77%).
Upper litter intakes and leaf fraction were observed in the dry season (March to September) in
the 1 m x 1 m spacing, being the average value contributed of litter, in the range of two years,
equal to 7.48 Mg.ha-1.year-1. The material contributed in the dry season, after four years of
planting, showed that the amount of macronutrients (g.kg-1) N, K and Mg were little
influenced by the spacing. The highest nutrient content was observed in 1 m x 1 m spacing. In
General, it was found the following order as the nutrient content of litter, N > Ca > K > Mg >
P. The species were assessed of macronutrient quantity in the compartments of biomass. With
regard to the presence of macronutrients quantity (N; P; K; Ca; Mg) at compartments
noteworthy are at leaves (2.41; 0.21; 1.29; 1.12; 0.41 g nutrient.kg sample); secondly bark;
thirdly branches; fourthly root and fifth wood. It is concluded that there are differences in
nutrient quantity of biomass among the six species studied, being more demanding Chorisia
speciosa on nutrients, and Schinus terebinthifolius and Schizolobium parahyb less demanding.
Also that the nutrient quantity followed the order leaf > bark > branch > root > wood. The
macronutrient content presented the order N > K > Ca > Mg > P.