Esta pesquisa teve como objetivo realizar análise de variáveis ergonômicas em atividades de implantação em florestas plantadas na Região do Norte Pioneiro do Estado do Paraná, contemplando as atividades de coveamento semimecanizado, plantio manual e adubação manual. Foram estudados os fatores humanos e as condições de trabalho por meio de entrevistas aplicadas na forma de questionários individuais aos trabalhadores. A carga de trabalho físico foi determinada, por meio do levantamento da frequência cardíaca com o uso do sistema Polar Eletro Oy, da Finlândia. Foi realizada a análise biomecânica das atividades, por meio de fotografias e filmagens das posturas e forças envolvidas, dos trabalhadores executando as atividades, com uso do modelo de análise de posturas “WinOWAS”. Foram analisados os fatores do ambiente de trabalho, o conforto térmico, o nível de iluminação e o nível de ruído. Os resultados indicaram que a média de idade dos trabalhadores foi 31,9 anos, estatura média 169,6 cm e peso médio 73,8 kg, sendo que 78,3% eram origem rural, 60,9% eram casados e 76,9% possuíam baixa escolaridade (Ensino Fundamental Incompleto). Quanto ao tempo de serviço na empresa, a média foi de 30,4 meses e o tempo médio de experiência na função de 23 meses. Os operadores do perfurador de solo eram 41,7% canhotos. As dores nas pernas (40,7%) e nas costas (30,3%) relatadas pelos trabalhadores deveram-se ao peso e desconforto dos equipamentos e aos deslocamentos. Os EPI’s mais incômodos foram o capacete com viseira para 26,1%, causando dores de cabeça e dificuldades na visão, e a luva (15,2%), por umedecer as mãos dificultando o manuseio de ferramentas. Na análise da carga de trabalho físico, as atividades foram classificadas como moderadamente pesada ou leve, com exceção da fase de coveamento propriamente dito, que apresentou carga cardiovascular acima de 40%, classificada como pesada, necessitando pausas adicionais de 27,4 minutos durante a jornada diária. A análise biomecânica mostrou que algumas posturas encontradas no coveamento e no plantio foram prejudiciais à saúde e classificadas na Categoria 3, necessitando a adoção de medidas ergonômicas. Os resultados dos fatores ambientais mostraram que os valores do IBUTG e de iluminação estavam dentro da zona de conforto para os trabalhadores. O nível de ruído na atividade de coveamento se apresentou acima do valor estabelecido pela legislação de 85 dB (A), com Leq de 90,8 dB (A) durante a jornada de trabalho, sendo necessária a utilização de proteção auditiva.
This research aimed to carry out an ergonomic variable analysis in forest plantation settlement in activities in the pioneer north region of Parana State, Brazil, studying the semimechanized hole-digging, manual planting and manual fertilization. Human factors and working conditions were including through questionnaires applied for workers by mean of interviews. The physical load evaluation was determined, of indirect form, by means of lifting cardiac frequency using a Polar Electro Oy monitor, from Finland. A biomechanical evaluation of the activities was performed by means of film and photograph of workers position and strength during the activities, using the postures analysis patterns, WinOwas software. Finally, the ambient factors – thermal comfort, illumination and noise levels were evaluated using suitable ergonomic equipments and methods. The results indicated that the workers age were about 31.9 years old in average, the height was about 169.6 cm and weight about 73.8 kg in average, whereas workers were 78.3% of rural origin, 60.9% were married and 76.9% with low education, as well without basic education. About the period in company, the average was 30.4 months and average time by functional period was 23 months, in average. The hole-digging operators were 73.9% left handed. Pant aches informed by workers were 40.7% and back aches were 30.3% because of the weight and also due to had to walk a lot. The more uncomfortable EPIs were helmets with visor (26.1%) that caused headache and hardness of eyesight, and also glove using (15.5%) because the hardness of using tools. During the evaluation of physical work load, the activities were classified as moderately heavy physical effort or light, except for properly hole-digging phase which showed the cardiovascular load above 40%, needing additional breaks. The biomechanical evaluations emphasized to verify that some postures of the hole-digging and planting were harmful to the workers and classified in category 3, requiring ergonomic actions. The results of ambient factors showed that thermal comfort and illumination level were according to permissible limits in specific legislation. The noise levels found, in hole-digging activity higher than allowed by legislation (85 dB (A)), with Leq with 90.8 dB (A), during the work period pointed out hear protection and work reorganization.