Resumo:
A prática da utilização de herbicidas na Silvicultura tem avançado muito nos
últimos 2 anos em termos de área aplicada. Esta precocidade traz vantagens e desvantagens peculiares a todos projetos em desenvolvimento. Dentre os efeitos positivos destacam-se redução da competição inicial; maior flexibilidade de utilização da mão-de-obra rural, e, em algumas situações, redução de custos e viabilização de áreas críticas para implantação de florestas em função da agressividade de certas ervas daninhas como a brachiária e o capim
colonião, por exemplo. Os fatores negativos negligenciados em algumas situações não devem ser desprezados e são, em muitas situações, os responsáveis diretos pelo insucesso da aplicação destes produtos. Pode-se citar a carência de profissionais com experiência neste campo, ligados ao setor florestal, e o pequeno número de produtos existentes no mercado,
utilizados em reflorestamento, como os principais parâmetros a serem aprimorados em primeira instância. Esta inexperiência dos profissionais tem configurado à prática de aplicação de herbicidas a conotação de operação estanque no contexto manutenção-implantação florestal, quando na realidade deve fazer parte do conjunto geral, no qual, certamente, não é a
operação mais importante. Este fato pode trazer resultados inesperados permitindo conclusões em muitas vezes não condizentes com premissas rotuladas dos produtos. O reduzido número de produtos com especificidade florestal não permite uma gama de escolha mais coerente em função do tipo e estádio da erva daninha sem que isto traga complicações operacionais, principalmente devido as extensões a serem cobertas, tipo de terreno e otimização temporal. Também em muitas situações, ocorrem ervas daninhas importantes sem que se tenha conhecimento prévio do efeito e controle dos produtos sobre as mesmas, exigindo testes preliminares que acarretam atrasos nas aplicações. Afora isto, a ausência de concorrência, facultou a fixação dos preços de alguns produtos em tetos elevados. Assim, a operação de limpeza química em reflorestamento ainda caminha buscando definir seu espaço que certamente deverá existir em função da carência crescente de mão-de-obra desqualificada, bem como da necessidade de aumento do fator produtividade
exigido pela crescente demanda de matéria-prima do mercado consumidor (celulose e energia).
Descrição:
O conteúdo é apresentado em: Aspectos gerais; O herbicida no contexto florestal: Local de aplicação / Relação custos x beneficios / Preparo do solo / Época de aplicação / Altura das mudas / Qualidade da aplicação e repasses; Herbicida na Copener: Introdução / Identificação das ervas daninhas / Metodologia utilizada e resultados encontrados; Dificuldades operacionais; Conclusões.