Resumo:
A importância das associações simbióticas dentre as quais incluem-se as ectomicorrizas de essências florestais tem sido reconhecida pelos resultados de inúmeras pesquisas. Enquanto a literatura estrangeira apresenta informações detalhadas a respeito do assunto, em nossas condições, ao contrário, as pesquisas estão apenas iniciando. A introdução desses fungos no Brasil, provavelmente, através de mudas envasadas ou solo de povoamentos florestais, propiciou a sua disseminação, sem entretanto conhecer sua identidade, eficiência simbiótica e habilidade de formarem micorrizas em diferentes habitats. Somente uma parte desses importantes fungos está identificada, havendo necessidade da caracterização dos demais simbiontes que se associam com raízes de Pinus spp. Abordando esses aspectos, o presente trabalho tem como objetivos traçar um histórico sucinto das pesquisas com micorrizas, seus tipos existentes e importância para as plantas associadas. É também conduzida uma revisão sobre dois importantes fungos ectomicorrizicos: Thelephora terrestris e Pisolithus tinctorius, o primeiro já presente e o segundo introduzido recentemente em nossas condições. São ainda relatados os principais resultados das pesquisas com estes dois fungos. Finalmente, são relacionados alguns simbiontes aqui encontrados, entre os quais Scleroderma spp., Rhizopogon spp. e Suillus sp., com ilustrações de características morfológicas de seus basidiocarpos para seu reconhecimento de campo.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em: Introdução; Aspectos gerais da associação micorrízica e sua utilização na prática: Histórico / Ocorrência e classificação das micorrizas / Importância da associação micorrízica; Thelephora terrestris como fungo ectomicorrízico; Pisolithus tinctorius como fungo ectomicorrízico: Ocorrência natural e hospedeiros / Formação de micorrizas através de inoculação artificial / Efeito do fungo na sobrevivência e crescimento da planta hospedeira; Situação no Brasil e alguns fungos ectomicorrízicos mais comumente observados em viveiros e plantações de Pinus spp.; Considerações finais; Referências bibliográficas.