Resumo:
A floresta pode, efetivamente, contribuir para a retenção da poluição do ar, se bem que esta propriedade tem sido, as vêzes, superestimada. O valor das árvores neste aspecto deve ser encarado dentro de suas perspectivas, pois elas mesmas podem, com o tempo, ser prejudicadas pela poluição atmosférica. Do ponto de vista dos efeitos sobre as florestas, os principais poluentes são o dióxido de enxofre, o ozônio e o ácido fluorídrico, sendo o SO2 considerado o mais importante neste aspecto. As espécies latifoliadas são, em geral, mais resistentes à poluição atmoférica, em comparação com as coníferas; a resistência, todavia, apresenta variabilidade inter e intra-específica, e depende de vários fatores de meio e do próprio estado fisiológico da árvore. Assim, o aspecto genético da seleção e do melhoramento de árvores tolerantes é importante passo na busca de espécies resistentes, capazes de crescerem em ambientes poluídos. Este trabalho já vem sendo desenvolvido em muitos países, e uma lista de mais de 100 espécies florestais com suas respectivas sensibilidades relativas à poluição por SO2, O3 e HF é apresentada.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em: Introdução; Efeitos da poluição sobre a floresta: Aspectos gerais / Dióxido de enxofre (SO2) / Ozônio (O3) / Fluoretos / Particulados; Influência da floresta na retenção de poluentes: Aspectos gerais / Retenção de gases / Retenção de particulados; Uso de cinturões florestais em áreas poluídas; Resistência relativa de várias espécies florestais à poluição do ar; Possibilidades de Melhoramento Genético para a obtenção de clones resistentes à poluição; Conclusões; Referências Bibliográficas.