O diagrama de manejo da densidade (DMD) permite encontrar a máxima produtividade
em área basal e volume de um povoamento florestal, a partir de diferentes
espaçamentos iniciais e densidades, indicando os momentos de intervenções de
desbastes, evitando a mortalidade das árvores por concorrência e consequentes
prejuízos econômicos. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi determinar um
diagrama de manejo da densidade para Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze a partir do
modelo de Tang et al. (1994). Foram utilizados dados provenientes de Misiones na
Argentina para a construção do DMD; e dados da empresa Araupel, da Estação
Experimental de Rio Negro e da Floresta Nacional de Irati foram empregados para a
validação do DMD. O modelo de Tang et al.(1994) foi selecionado devido a sua fácil
aplicabilidade, e assim ajustado no espaçamento 1,5 x 1,5 m para a construção do DMD
e espaçamentos 1,5 x 2,0m, 2,0 x 2,0m; 2,0 x 2,5m; 2,5 x 2,5m; 2,5 x 3,0m; 3,0 x,3,0m,
3,5 x 3,5m e 4,0 x 4,0m afim de verificar o comportamento deste modelo em diferentes
situações de densidade. A partir da equação foram estimadas densidades para
diâmetros médios quadráticos entre 4 e 46 cm em espaçamentos 1,5 m2; 2,5 m2; 4,0 m2;
6,0 m2 e 9,0 m2, modificando apenas as variáveis independentes número de árvores
potencial por hectare e diâmetro médio quadrático no tempo t. Utilizando o mesmo
modelo foram gerados o gráfico de autodesbaste, as zonas de concorrência, e Índices
de Densidade do Povoamento (IDP) adotando um diâmetro médio quadrático padrão de
25 cm. Para obter o diagrama de manejo da densidade utilizando o volume como
variável dependente, foi selecionado o melhor entre cinco modelos. Foi possível
construir o diagrama de manejo da densidade com os dados de Misiones na Argentina
para área basal e volume e validá-lo com os povoamentos Araucaria angustifolia em
situações extremas de manejo, confirmando sua aplicabilidade para qualquer plantio
homogêneo desta espécie. Além disso, foi verificado que os plantios mais adensados
entram primeiro na zona de concorrência que os plantios com maiores espaçamentos.
The density management diagram (DMD) allows finding the maximum productivity
in basal area and volume of a forest stand from different initial spacings and
densities, indicating the moments of thinning avoiding tree mortality by
competition and consequent economics losses. Therefore the objective of this
study was to build a density management diagram for Araucaria angustifolia
(Bert.) O. Ktze from Tang et al. (1994) model. Data from Misiones (Argentina)
were used for the DMD construction, and data from Araupel Company,
Experimental Station of Rio Negro, and Irati National Forest were used to validate
the DMD. The Tang et al. (1994) model was selected due to its easy application
and thus adjusted in the density 1.5 x 1.5m for the density management diagram
construction and the densities 1.5 x 2.0m, 2.0 x 2.0m; 2.0 x 2.5m; 2.5 x 2.5m; 2.5
x 3.0m; 3.0 x 3.0m, 3.5 x 3.5m and 4.0 x 4.0m in order to verify the behavior of
this model in different density situations. From the density equations were
estimated for quadratic mean diameters between 4 and 46 cm on spacing at 1.5
m2; 2.5 m2; 4.0 m2; 6.0 m2 and 9.0 m2, changing only the independent variables
potential tree number per hectare and mean square diameter at time t. With the
same model, the self thinning graphic zones of competition and Stand Density
Indices (IDP) were generated, adopting a standard quadratic mean diameter of 25
cm. To obtain the density management diagram using volume as a dependent
variable, the best among five models was selected. It was possible to construct
the density management diagram with data from Misiones (Argentina) for basal
area and volume and validate it with Araucaria angustifolia stands in extreme
situations of management, confirming its applicability to any homogeneous
planting of this species. Furthermore, it was found that denser initial spacing
regimes come first in the competition zone then plantations with larger spacings.