A competitividade e o crescimento do setor de celulose e papel vêm fazendo com
que as indústrias busquem maneiras de tornar seus processos industriais cada vez
mais eficientes. Essa eficiência é conquistada com o desenvolvimento de novas
tecnologias, como a nanotecnologia, na forma de microfibrilas de celulose que ao
serem adicionadas na formação do papel visam o incremento de suas propriedades.
Neste sentido este estudo tem por objetivo avaliar o efeito da incorporação de
microfibrilas de celulose no papel, sobre as propriedades ópticas, físicas e
mecânicas. A partir da polpa celulósica foram obtidas as microfibrilas que foram
caracterizadas através das técnicas de microscopia eletrônica, viscosidade
intrínseca e determinação da cristalinidade por raio-x. Foram confeccionados papeis
com grau de refinação 15° e 25° e com adição 1% a 6% de microfibrilas de celulose
que foram avaliados sobre as propriedades ópticas, físicas e mecânicas. A adição
de microfibrilas de celulose no papel não alterou significativamente as propriedades
ópticas, mas influenciou significativamente nas propriedades físicas e mecânicas. A
adição das MFCs proporcionou um incremento no valor médio das propriedades
avaliadas de no mínimo 19% para o índice de rasgo com grau de refinação 25° e de
no máximo 73% para índice de tração com grau de refinação 15°. Sendo possível
concluir, assim, que a adição das microfibrilas de celulose ao papel pode contribuir
positivamente na sua qualidade.
The competitivity and the increasing of pulp and paper sector are some of the
reasons to the industry search how to become their industrial process more efficient.
This efficiency is obtained with the new technology development, as the
nanotechnology. The addition of cellulose microfibrils in the paper production, tend to
increase the paper properties. This study aims to evaluate the addition effect of
cellulose microfibrils (MFCs) in handmade paper sheets, over their optical, physical
and mechanical properties. The microfibrils obtained from the pulp were
characterized by electron microscopy, intrinsic viscosity and crystallinity
determination by x-ray. Paper sheets were manufactured with refining degree of 15 °
and 25 ° and by adding 1% to 6% of cellulose microfibrils, those have been evaluated
on the optical, physical and mechanical properties. The cellulose microfibrils addition
in paper did not significantly changed the optical properties, but it has influenced the
physical and mechanical properties. That addition of MFC's has provided an
increment of the evaluated properties, minimum of 19% for the tear index with degree
of refining 25° and at most of 73% for tensile index with refining degree of 15°. As
can be concluded, therefore, that the addiction of cellulose microfibrils may contribute
positively to the role of paper quality.