Resumo:
Este documento faz um alerta à situação fitossanitária, com ênfase em fitopatologia, no contexto da expansão dos cultivos de palma de óleo ou dendezeiro (Elaeis sp.) no estado do Pará. A cultura da palma de óleo ou dendezeiro (Elaeis sp.) assumiu papel de destaque no Estado do Pará a partir de 2010, após o lançamento de programas governamentais e investimentos de empresas privadas. O óleo de palma, principal produto obtido, é o mais consumido no mundo, seguido pelo óleo de soja e canola. Em virtude de sua composição, é considerado um óleo nobre, utilizado na indústria alimentícia, cosmética e química. Recentemente, despertou-se o interesse por esse produto para a fabricação de biocombustíveis. O crescimento da área plantada no Estado do Pará, contudo, ocorre sob o risco de ataques de pragas e doenças, como toda atividade agropecuária. Assim, há a necessidade de manter vigilância constante quanto aos patógenos da cultura e suas formas de introdução e disseminação. Doenças, notadamente de etiologia fúngica, ocorrem de forma endêmica nos plantios do estado. Além disso, há outras doenças cujos agentes etiológicos ou variantes mais virulentas não foram relatados no Brasil. Assim sendo, para a consolidação e continuidade da expansão sustentável dos cultivos no Pará, torna-se necessário veicular informações sobre as principais doenças incidentes na cultura, qualificar profissionais e realizar inspeções, medidas quarentenárias, planos de contingências e atividades de pesquisas em fitopatologia. Maria Rosa Travassos da Rosa Costa - Chefe-Geral da Embrapa Amazônia Oriental.